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O turismo industrial em Sines arranca este mês na sequência de projeto-piloto entre a incubadora de empresas local e a Galp Energia. A iniciativa intitula-se “Sines - Turismo Industrial Sustentável”, é promovida pelo Sines Tecnopolo e permitirá fazer visitas à refinaria da Galp, a maior instalação industrial do país.

“É um produto turístico de nicho, não arrasta massas, mas pode e deve surgir aliado aos outros produtos turísticos” existentes no território, disse a diretora-executiva do Sines Tecnopolo, Mónica de Brito, em declarações à Lusa.

O projeto-piloto, que conta com o apoio da câmara municipal, é inaugurado dia 26, com uma visita à refinaria da Galp. “Vamos fazer a inauguração e, depois, começam as visitas regulares”, em grupo e organizadas, numa fase inicial, pelo Sines Tecnopolo, ainda que essa regularidade esteja “muito dependente da disponibilidade da refinaria”, adiantou Mónica de Brito. 

Além das pessoas que procuram este nicho de oferta, sobretudo “curiosos e estudiosos” das questões industriais, todos os turistas são potenciais consumidores da experiência, complementar à variedade de outras à sua disposição, frisou a responsável.  

O objetivo é que a iniciativa seja, aos poucos, alargada a outras empresas com instalações industriais em Sines, como a EDP, a REN, a Repsol ou a PSA. “Para nosso grande espanto [a adesão] foi completamente entusiástica e tem-se vindo a acentuar na operacionalização do projeto”, revelou a diretora-executiva do Sines Tecnopolo.

Segundo Mónica de Brito, a par do produto sol e mar, a vertente industrial é uma “marca forte” de Sines e da zona envolvente, que este projeto quer tornar numa mais-valia em termos turísticos: “Temos aqui uma realidade industrial, logística e portuária que é única no país e, portanto, havia que tentar ‘casar’ de forma harmoniosa dois setores que aparentemente são antagónicos, que é o turismo e a indústria”.

O desenvolvimento do turismo industrial em Sines insere-se no projeto Aportar, promovido pelo município, que inclui uma plataforma multimédia com o património relacionado com o Gabinete da Área de Sines, criado em 1971 para a implantação do complexo industrial e portuário.

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