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Queres reduzir a prestação do empréstimo à habitação? Esta é a oferta da CGD

Já diz o ditado que "não há almoços grátis". Alargar o prazo do empréstimo ou aumentar o spread (taxa somada à euribor e que corresponde à margem de lucro do banco) são as contrapartidas que a CGD está a oferecer aos clientes que quiserem reduzir o valor mensal da prestação do crédito à habitação. Será que compensam?

O Dinheiro Vivo escreve que esta situação é admitida pelo próprio banco público, citando fonte oficial: "temos disponíveis para o cliente várias opções que se ajustam às suas necessidades, nomeadamente de ter um menor encargo mensal relacionado com a prestação do crédito à habitação, aumentando o prazo contratualizado".

O banco público tem, de acordo com o jornal, uma equipa dedicada à renegociação dos contratos e, em muitos casos, são em particular os clientes com spreads mais baixos que estão a ser abordados pela Caixa. 

Com a "guerra" de spreads dos anos 2006 e 2007, foram muitos os clientes que aproveitaram para negociar spreads abaixo de 0,3%. Acontece que nesse momento as taxas de juro do mercado (euribor) rondavam os máximos históricos, superando os 5%.

Atualmente, o mercado está quase nos antípodas, com as euribor em mínimos históricos, o que aliado aos spreads baixos dessa altura, tornaram a rentabilidade das carteiras de crédito à habitação num desafio para os bancos.

Hoje em dia, as instituições financeiras "têm um problema no crédito à habitação com os spreads mais baixos: não são rentáveis. Por isso, têm de resolvê-lo e é natural que tentem melhorar a sua posição em termos de rentabilidade nestes empréstimos", explicou Filipe Garcia, economista da consultora Informação de Mercados Financeiro (IMF), em declarações ao diário.

Os bancos podem sempre fazer propostas e cabe aos clientes aceitar ou não. "Mas o melhor mesmo é estarem atentos e fazerem as contas para saber se compensa ou não", concluiu o economista.

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