Este é um indicador crucial para se conseguir um empréstimo para comprar casa. Especialistas apontam conjunto de dicas que podem ajudar.
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Como melhorar a taxa de esforço para se conseguir um crédito à habitação
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Quem está à procura de casa para comprar e precisa de pedir um crédito à habitação, deve ter em conta que os bancos dão especial importância à taxa de esforço dos clientes, na hora de decidir se dão um empréstimo para este fim e com que condições. Há instituições que chegam até aos 50%, mas são muitos os que seguem as recomendações macroprudenciais dos reguladores de não ultrapassar os 30%, ou seja, um terço do rendimento total do agregado familiar. Desta forma, antes de pensar-se em solicitar um financiamento deve trabalhar-se a taxa esforço.

E afinal o que é a taxa de esforço?

Significa a percentagem do rendimento total do agregado familiar destinada ao pagamento das prestações de créditos até então contraídos. Na prática corresponde ao rendimento que alguém tem disponível para fazer face às despesas do dia a dia (tais como alimentação, transportes e combustível, educação e lazer) após o pagamento das obrigações mensais com empréstimos contratados.

"Para se estar mais confortável e melhorar a taxa de esforço, o primeiro passo lógico é fazer um orçamento familiar, identificando quais as despesas essenciais e aquelas que se pode reduzir ou eliminar. Muitas vezes, os cortes surgem de mudança de hábitos e não de privações, daí a importância de se saber quanto se gasta e no quê", tal como apontam desde o idealista/creditohabitacao.

Dicas para se ter mais folga financeira para a compra de casa

Outra opção pode passar por amortizar ou liquidar créditos existentes, o que permite reduzir a prestação a pagar ou até mesmo acabar com ela. Deve ter-se em conta as condições de amortização, pelo que é recomendável que consultes novamente todas as condições do crédito. Se forem utilizadas poupanças para se liquidar algum crédito pessoal, convém recordar que será necessário pelo menos 10% do valor de aquisição em capitais próprios para se adquirir uma habitação própria permanente.

Na eventualidade de não se ter ou não querer utilizar poupanças para amortizar créditos, pode optar-se por renegociar algum crédito que tenha maior peso no orçamento familiar. Entre outras, a solução pode passar pelo alargamento de prazo ou redução de taxa de juro, dando mais folga ao rendimento mensal disponível.

Finalmente, e para se ter mais folga financeira para pedir um crédito à habitação, existe a alternativa de consolidar os créditos, que consiste na agregação de todos em apenas um, permitindo a diminuição da prestação mensal e muitas vezes a redução de preço dos créditos.

"Em suma, a transparência crescente do mercado de crédito habitação, também através dos intermediários de crédito, permite que se trabalhe a taxa de esforço, evitando a recusa do crédito por este motivo", rematam os especialistas.

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