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A casa do presidente da CGD na Lapa, que vale quatro milhões de euros
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António Domingues passou de ser um ilustre desconhecido para a maioria dos portugueses para ser o protagonista da polémica nacional do momento, ao trocar a administração do BPI pela presidência da Caixa Geral de Depósitos (CGD). O gestor está no centro das atenções porque se recusa a tormar público o património pessoal, tal como obriga o Tribunal Constitucional. Esta casa na Lapa, um dos bairros mais exclusivos de Lisboa, vale quatro milhões de euros e faria parte da lista se fosse revelada. 

Comprado em 2000, o imóvel de António Domingues está localizado na Rua do Quelhas, 14A, e recebeu em 2007 uma menção honrosa do prémio Valmor e Municipal de Arquitetura, depois do projeto de reabilitação da autoria do arquiteto Carrilho da Graça, segundo noticia o Correio da Manhã.

O jornal escreve que o atual presidente da CGD é proprietário deste prédio com uma área bruta privativa total de 767 m2, no qual tem residência, com um valor de mercado atual de quase quatro milhões de euros. 

A caderneta predial, documento público citado pelo diário, indicará que o imóvel urbano tem quatro pisos e um quintal, de cerca de 1,25 milhões de euros, montante muito inferior ao valor de mercado apontado ao CM por especialistas.

Por outro lado, diz o Correio da Manhã, a descrição não coincide com a que consta da Conservatória do Registo Predial, na qual o imóvel é apresentado como tendo "loja, dois andares, água furtada e logradouro".

Costa e Marcelo já têm plano B caso gestão da Caixa se demita

A administração da CGD, liderada pelo antigo vice-presidente do BPI, já fez saber ao Governo e ao presidente da República que está a considerar demitir-se em bloco devido à obrigação do Tribunal Constitucional de apresentar a declaração de rendimentos e o património pessoal. Esta quinta-feira a equipa de gestão do banco do Estado deverá tomar uma decisão.

António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa têm já em preparação um plano B para a administração da CGD, caso a atual equipa apresente a demissão. Segundo o 'Negócios', Paulo Macedo, ex-ministro da Saúde, Carlos Tavares, ex-presidente da CMVM, e Nuno Amado, líder do BCP, são soluções possíveis. 

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