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Nova administração da CGD ameaça demitir-se em bloco contra apresentação de património pessoal
Presidente da República e primeiro-ministro já foram informados. (Fotografia do Público) autorizado

Uma nova crise política, com impactos nas contas nacionais, está em vias de rebentar. A nova administração da Caixa Geral de Depósitos CGD poderá, a qualquer momento, demitir-se em bloco contra a entrega obrigatória no Tribunal Constitucional da declaração de património e rendimento — sem que seja possível mantê-la em sigilo. O Presidente e o primeiro-ministro já foram informados desta situação, num momento em que a execução da recapitalização do banco do Estado está em contra-relógio.

O Público, citando uma “fonte política”, noticia que Marcelo Rebelo de Sousa (que recebeu António Domingues em Belém há dois dias) e António Costa, estão preparados para uma saída da equipa do novo presidente do conselho de administração, num momento em que o processo de recapitalização do banco tem de estar pronto até ao final deste ano.

Seis dos seus membros — entraram sete novos administradores em agosto na Caixa para conduzir o processo de reestruturação do banco público — recusam-se a expor publicamente o seu património, com a entrega no Tribunal Constitucional dessas declarações.

Uma obrigação que decorre da lei do controle público de riqueza de titulares de cargos políticos (que inclui gestores públicos), que data de 1983, e que se mantém válida mesmo que o Governo tenha retirado a Caixa Geral de Depósitos do estatuto do gestor público.

O Público avança ainda que o conselho de administração se prepara para pedir que as declarações, a serem entregues, sejam mantidas em sigilo, ou seja, que se impeça a consulta pública dos documentos. Uma possibilidade prevista na lei de 83, que pode ser invocada pelos administradores, mas que até hoje nunca teve resposta positiva do Tribunal Constitucional.

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