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Famílias com gás de botija pagam mais 119 euros por ano
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As famílias que utilizam gás de botija pagam mais 119 euros por ano que as que consomem gás natural. A Deco Proteste revelou que 2,6 milhões de lares portugueses que utilizam gás de botija pagam a mais, anualmente, 310 milhões de euros, sendo que as faturas mais pesadas encontram-se no sul do país. 

As contas da Deco, citadas pelo Diário de Notícias, mostram que se usar uma garrafa de gás butano por mês, uma família gasta anualmente 293 euros. Pela mesma quantidade de energia uma família que tem acesso à rede de gás natural gasta apenas 174 euros. Ou seja, uma diferença de 119 euros.

Pedro Silva, técnico responsável pela área de energia da Deco Proteste, continua a não perceber o que motiva esta diferença. "O gás engarrafado tem uma flutuação difícil de perceber. O preço de referência não tem qualquer ligação com o valor de mercado", disse o responsável, reforçando o facto da diferença estar a penalizar o orçamento de 2,6 milhões de famílias.

A associação de defesa do consumidor também recolheu 3.360 preços em 961 estabelecimentos de venda de combustíveis, hipermercados, supermercados, mercearias e lojas de especialidade em Portugal Continental e na Madeira (nos Açores vigora um regime de preços máximos), retirando novas conclusões: o gás butano continua mais caro nas regiões a sul, em especial nos distritos de Beja, Faro e Setúbal, e mais baixo a norte. Em Viana do Castelo um consumidor gasta 23,32 euros para comprar uma garrafa de gás enquanto se for em Beja terá de pagar 26,95 euros.

"Não encontramos uma explicação minimamente razoável", adiantou Pedro Silva, argumentando que "levar de Leça da Palmeira uma garrafa de gás a Braga ou a Bragança não tem um custo inferior a transportar uma garrafa de Sines a Évora". "Não é uma questão logística", referiu.

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