É seguro pagar compras com o MB WAY? Sim, diz a Deco

O MB WAY popularizou-se, mas ainda há quem tenha dúvidas sobre a segurança da sua utilização. A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) veio atestar a segurança deste instrumento, através do qual é possível pagar contas e transferir dinheiro, por exemplo, a um amigo.

O serviço MB WAY permite pagar compras com o telemóvel em lojas tradicionais ou online ou levantar dinheiro sem cartão, sem carregamentos ou custos de adesão. O único requisito é ter a app instalada num smartphone ou tablet, com ligação a uma rede móvel ou a Wi-Fi. Depois bastará ativá-la numa caixa Multibanco. Agora, o serviço inclui mais duas funcionalidades: “dividir conta” e “pedir dinheiro”, ideal para os amigos mais esquecidos.

Os especialistas da Deco concluíram que este é um método de pagamento seguro, já que as transações são processadas pela SIBS - entidade responsável pela gestão da rede Multibanco. Na prática, os utilizadores estão apenas “a utilizar o cartão de débito no telemóvel, ou seja, nunca partilham os dados bancários com a loja”, diz a associação. Além disso, a autenticação da transação é feita pelo utilizador, através de um código PIN.

A associação explica que todas as comunicações são feitas com HTTPS (sistema que torna as comunicações seguras) e certificados de autenticação de cliente. “Isto é suficiente, porque como os dados do cartão são desnecessários para o MB WAY, as certificações de segurança para bases de dados tornam-se também dispensáveis”, afirma.

Portugueses fizeram mais de 7.000 transferências imediatas por dia

Em setembro do ano passado, o Sistema de Compensação Interbancária (SICOI) passou a permitir o processamento de transferências imediatas. Desde que o novo instrumento de pagamento foi lançado (e até ao final do ano) os portugueses realizaram, em média, 7.170 transferências imediatas por dia, tendo sido movimentados um total de 648,5 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal (BdP).

De acordo com o supervisor financeiro, no total, em cerca de três meses e meio, foram processadas mais de 750 mil transferências imediatas. A instituição liderada por Carlos Costa revela que “a utilização deste instrumento não tem parado de crescer desde o seu lançamento”, com o número médio de transferências imediatas diárias a registar um crescimento mensal de 41%, enquanto o valor médio das operações realizadas diariamente demonstrou uma subida média mensal de 46%.

O BdP relembra que a adesão ao subsistema de transferências imediatas por parte dos prestadores de serviços de pagamentos é facultativa. Ainda assim, informa que as instituições que disponibilizam esta solução aos seus clientes já cobrem mais de 95% das contas de pagamento em Portugal, “sendo expectável um aumento da cobertura e amplitude ao longo dos próximos meses, tanto ao nível das instituições participantes, como dos segmentos e canais em que o serviço é disponibilizado”.