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Acabaram-se as ofertas de “crédito autorizado” e nasceram os pedidos de empréstimos online
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As instituições financeiras não podem comercializar produtos de crédito com a indicação de haver montantes “autorizados” ou “pré-aprovados”. Só poderão utilizar a indicação de crédito “pré-avaliado”, de acordo com as regras do Banco de Portugal (BdP).

Diz o supervisor que muitos bancos promoveram ofertas aos clientes com a garantia de haver montantes de crédito “autorizados” que depois não correspondiam à realidade na hora de contratar o empréstimo. Já a indicação do termo “pré-avaliado” é permitida pelo BdP, segundo a notícia do Dinheiro Vivo, para que o cliente perceba que não se trata de um valor definitivo.

Além disso, o regulador insiste na necessidade de o cliente ser informado sobre todas as condições e implicações envolvidas na contratação de um crédito, para evitar incumprimento no futuro.

Portugueses já podem pedir créditos online

Os canais digitais são a nova aposta da banca. Entre as várias funcionalidades disponíveis destaca-se a possibilidade de fazer um crédito exclusivamente online, uma realidade possível em 19% dos bancos, segundo o inquérito às instituições financeiras sobre a comercialização de produtos e serviços bancários nos canais digitais, divulgado pelo BdP.

“Em Portugal, os clientes bancários já podem contratar produtos de crédito aos consumidores inteiramente através de canais digitais. No final de 2018, cerca de 19% das instituições ofereciam essa possibilidade no canal online“, diz o regulador, que acrescenta ainda que “apenas uma instituição o permitia via app”.

Alguns bancos já permitem também a contratação de contas de depósito à ordem exclusivamente através de canais digitais, isto é, sem que o cliente se tenha de deslocar à instituição, segundo o estudo. No final de 2018, essa possibilidade era oferecida por 25% dos bancos nos canais online e por 32% dos bancos nas apps.

Segurança ainda é obstáculo

As preocupações dos clientes com a segurança foram identificadas por 74% das instituições como um obstáculo à expansão dos canais digitais. O desconhecimento das novas tecnologias e a falta de literacia financeira dos clientes foram igualmente apontados como constrangimentos, respetivamente por 66% e 61% das instituições.

Ainda assim, as instituições estimam que a procura por canais digitais continue a crescer significativamente nos próximos dois anos. “No final de 2018, as taxas de adesão e de utilização dos canais digitais eram superiores às registadas em 2016, em ambos os canais (online e apps) e para os dois segmentos de clientes (particulares e empresas)”, refere o BdP. Cerca de metade das instituições estimam crescimentos superiores a 50% nos próximos dois anos, tanto na utilização do canal online, como do canal mobile, em ambos os segmentos de clientes.

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