Os testes de resistência do regulador mediram o risco de liquidez de 103 instituições financeiras da zona euro.
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Bancos europeus de boa saúde para resistir a nova crise, diz BCE
GTRES

A grande maioria dos bancos da zona euro tem “posições de liquidez cómodas”. Esta é a conclusão do exercício que o Banco Central Europeu (BCE) realizou este ano aos 103 bancos que supervisiona diretamente. O teste de resistência baseou-se numa análise ao risco de liquidez, sendo que os impactos simulados no exercício foram calibrados em relação à experiência em supervisão adquirida em episódios recentes de crise.

A análise, escreve a Lusa, centrou-se no possível impacto que os choques de liquidez teriam em cada banco, sem analisar as causas desses choques ou o impacto de turbulências significativas do mercado.

Metade dos 103 bancos analisados poderia sobreviver mais de seis meses numa situação adversa e mais de quatro meses numa situação extrema. Perto de 90% dos bancos disseram que podiam sobreviver mais de dois meses numa situação extrema, e só 11% afirmaram que o seu período de sobrevivência seria inferior a dois meses.

O BCE define período de sobrevivência como o número de dias em que um banco pode continuar a operar utilizando o dinheiro disponível e garantias sem acesso aos mercados de financiamento, de acordo com a exlicação da agência de notícias.

Bancos portugueses pressionados pelos lucros

A nível doméstico, com a diminuição da pressão sobre a qualidade dos ativos, os bancos portugueses estão-se a poder concentrar-se cada vez mais na melhoria da eficiência dos custos, segundo a Fitch, citada pela Lusa.

A agência de classificação de dívida considera que a relação custo-benefício médio do setor é aceitável em cerca de 55%, mas precisa de melhorar devido a desafios estruturais para alcançar o crescimento da receita em Portugal.

A Fitch refere que os bancos portugueses continuaram a reduzir “grandes stocks de ativos problemáticos” na primeira metade do ano, e estima que o rácio das imparidades de crédito, contabilizados com a norma contabilísticas IFRS 9 - ‘International Financial Reporting Standards 9 Etapa 3’, caiu para cerca de 9,6% no final de junho para os seis maiores bancos, contra 11% no final de 2018. O rácio de ativos problemáticos (incluindo activos fechados e propriedades de investimento) foi de cerca de 13%.

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