O Banco Central Europeu (BCE) cortou as projeções de crescimento económico para o próximo ano. Após um crescimento de 1,2% do PIB este ano, o BCE vê a economia a crescer 1,1% em 2020 (menos 0,1 pontos percentuais que na anterior projeção) e 1,4% em 2021 e 2022. A tendência é de estabilização na desaceleração do crescimento.
“Os dados recebidos, desde a última reunião do Conselho de Governadores em outubro, apontam para contínuas pressões nulas de inflação e fracas dinâmicas de crescimento na Zona Euro, apesar de se verem sinais iniciais de estabilização na desaceleração do crescimento e um aumento leve na inflação subjacente em linha com as nossas anteriores expectativas”, disse Christine Lagarde, nova presidente do BCE, citada pelo ECO, na primeira reunião de política monetária.
Relativamente à inflação, as projeções apontam para uma aceleração de 1,2% este ano, 1,1% em 2020 (0,1 ponto acima da anterior projeção), 1,4% em 2021 (menos 0,1 ponto) e 1,6% em 2022. Lagarde reconhece a trajetória positiva da inflação, assumindo, apesar disso, que o valor não é "satisfatório", uma vez que continua a ficar áquem dos objetivos do BCE.
“Os riscos para o outlook de crescimento da Zona Euro, relacionados com fatores geopolíticos, aumento do protecionismo e vulnerabilidades nos mercados emergentes, continuam inclinados no sentido descendente, mas tornaram-se menos pronunciados“, acrescentou a responsável, frisando a ideia de que a indústria europeia está a ser penalizada pelas tensões no comércio internacional.
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