O risco de transmissão continua a existir e, portanto, uma vez que Portugal ainda está longe da imunidade de grupo, as regras de prevenção devem continuar a ser cumpridas.
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Vacinado? Cuidados a ter e o que se deve ou não fazer
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As pessoas vacinadas devem visitar outras (pessoas) não vacinadas? E os avós, já podem voltar a estar com os netos? É seguro? Quem toma a vacina está totalmente protegido? E será que posso ficar infetado e contagiar outras pessoas se já tiver levado as duas doses da vacina? As perguntas são muitas, mas, para já, a resposta é só uma: o risco de transmissão continua a existir e, portanto, uma vez que Portugal ainda está longe da imunidade de grupo, as regras de prevenção devem continuar a ser cumpridas. Ainda assim, há detalhes aos quais é preciso prestar atenção.

Segundo o virologista Pedro Simas, ouvido pelo jornal Público, que preparou um conjunto de perguntas e respostas sobre o tema, quem toma a vacina fica protegido contra as formas graves da doença, mas da infeção, não. De acordo com o especialista, as vacinas “têm uma eficácia de quase 100% na proteção contra a doença grave, hospitalização e morte”, contudo, quem toma “não está é protegido contra a infecção”. E sim, é possível ficar infetado e contagiar outros se já tiver levado as duas doses. Segundo a Direção Geral da Saúde (DGS) “as vacinas conferem protecção contra a doença, mas não necessariamente contra ser portador e transmissor do vírus, sem exibir sintomas”.

Os meus pais estão vacinados, mas eu não. Podemos jantar sem máscara? “Se a pessoa que não for vacinada não pertencer a um grupo de risco, pode. Mas numa situação pandémica, para o bem comum, é importante que não haja transmissão comunitária”, explica Pedro Simas. Para o virologista, o melhor será continuar a cumprir as regras de distanciamento e utilizar a máscara. Além disso, e preferencialmente, devem continuar a serem preferidos os “encontros” em espaços ao ar livre e bem arejados. O almoço numa esplanada, por exemplo, – já permitido nesta segunda fase de desconfinamento com um máximo de quatro pessoas – não está isento de riscos, pelo que é importante colocar a máscara logo que se termine a refeição.

E os avós? Por serem considerados grupo de risco, os idosos tiveram que redobrar as medidas de proteção, e ficar longe dos filhos e netos. A maioria da população sénior está vacinada, mas os cuidados devem continuar. Segundo Pedro Simas, deixar os netos com os avós é “em princípio, seguro”, ainda assim, “se o avô for doente, mesmo que vacinado… sabemos que uma infecção respiratória numa pessoa doente é perigosa”.

Estou vacinado e quero ir visitar amigos já vacinados. Devemos usar máscara? A regra é sempre a mesma: devem usar máscara e manter o distanciamento. Na prática, tal como explica o jornal, a nível individual estarão protegidos contra a forma grave da doença, mas podem ficar infetados e transmitir a doença a pessoas que ainda não estão imunizadas.

E juntar a família num almoço se os grupos de risco já estiverem vacinados? Não é boa ideia. Apesar de poderem estar mais protegidos, há semprer o risco de haver transmissão comunitária nos outros elementos da família. Além disso, as autoridades de saúde não recomendam ajuntamentos.

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