
Um espaço para cozinhar e receber pessoas que fosse como uma casa. Um sonho tornado realidade pela francesa Anne Colin, criadora do “A Ilegítima”, um lugar onde a comida é feita por si. Mudou-se para Portugal em 2015, e foi já este ano que decidiu abrir as portas da sua casa na capital para servir jantares caseiros e oferecer uma experiência gastronómica diferente.
“A Ilegítima” não é um restaurante e Anne Colin também não se considera uma chef. Gosta de cozinhar e de receber pessoas, e foi na Calçada Duque de Lafões, no Beato, em Lisboa, que descobriu o lugar certo para pôr em marcha este projeto, segundo conta em entrevista ao jornal Observador.
De acordo com a publicação, Colin prepara menus de jantares caseiros que são servidos numa mesa comunitária numa sala de sua casa. A ideia inicial era mesmo a de abrir um restaurante, mas por várias circunstâncias da vida, a francesa acabou por dar vida a um conceito com o qual sempre sonhou.
“Eu queria um lugar pequeno com um ambiente diferente, onde a comida se faz sem stress, como se estivesses a cozinhar em casa. Era isso que eu queria, um espaço para receber pessoas que fosse como uma casa”, diz ao Observador. “Isto é a minha casa, mas passa a ser a de todos os que reservarem um lugar à mesa, não tenho pudor nessa partilha de espaço alheio”, acrescenta.
Jantar no "A Ilegítima" às quartas e quintas-feiras
As portas de sua casa abrem-se às quartas e quintas-feiras, e toda a comida é caseira, feita pelas mãos de Anne Colin. O menu, esse, muda todas as semanas, e é bastante eclético e variado. Da pá de borrefo ao pão com foie gras, até frango assado no forno e massa chou com queijo emental.
“A cozinha para mim não é uma coisa para ser complicada, acho que a simplicidade torna tudo tão mais autêntico e até saboroso, não consigo olhar para a cozinha como um bicho de sete cabeças (...) eu não cozinho para mim, mas amo cozinhar para os outros, tenho um prazer enorme nisso e é daí que vem este projeto também”, diz.
Para poder comentar deves entrar na tua conta