
Portugal defronta-se com dezenas de incêndios ativos, numa altura em que o tempo seco e quente está para durar. Em algumas regiões do país as temperaturas podem mesmo ultrapassar os 40º C, com o Norte, Centro e o Algarve em risco muito elevado ou máximo de incêndio nos próximos dias. É neste contexto que a Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou um conjunto de recomendações sobre a exposição ao fumo de incêndios.
“A inalação de fumos ou de substâncias irritantes químicas, e o calor podem provocar danos nas vias respiratórias”, informa a DGS em comunicado divulgado na sua página oficial. Desde logo, existem dois mecanismos de lesão: ou queimadura pelo calor e irritação/toxicidade pelos componentes químicos do fumo.
Quem está perto de fogos ativos – como em Arouca ou em Ponta da Barca, que são os casos mais preocupantes esta quarta-feira, dia 30 de julho – e se depare com alguém que inalou fumo, deve, segundo a DGS:
- Retirar a pessoa do local e evitar que respire o fumo ou esteja exposta ao calor;
- Estar atento a sinais de alarme, como a presença de queimaduras faciais, sinais de dificuldade respiratória e/ou alteração do estado de consciência.
A DGS alerta ainda para o mito do leite, uma vez que a sua utilidade “não vem descrita em artigos científicos”. Portanto, beber leite não é um antídoto do monóxido de carbono, não ajudando na intoxicação por fumo.

Como te podes proteger na altura dos incêndios?
A DGS deixa também um conjunto de conselhos para quem viver perto de incêndios ativos ou em zonas de alto risco de deflagrarem fogos, segundo se lê na mesma publicação:
- evitar exposição ao fumo, ficando dentro de casa, com janelas e portas fechadas, em ambiente fresco. Ligar o ar condicionado, se possível, no modo de recirculação de ar;
- evitar a utilização de fontes de combustão dentro de casa (aparelhos a gás ou lenha, tabaco, velas, incenso, entre outros);
- evitar atividades no exterior;
- utilizar máscara/respirador (N95) sempre que a exposição for inevitável;
- manter-se informado, hidratado e fresco.
Quem tem doenças respiratórias (como asma ou doença pulmonar obstrutiva crónica – DPOC) deve manter a medicação habitual e seguir as indicações do médico perante o eventual agravamento das queixas.
Em caso de emergência, ligar o 112.
Para pedir mais informações contactar o SNS24: 808 24 24 24
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