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O Banco Central Europeu (BCE) está agora mais pressionado para avançar com medidas de estimulo à economia mais agressivas. Ontem, os bancos da Zona Euro deram evidentes sinais de estão pouco interessados nos fundos do BCE com baixas taxas de juro, na nova ronda de empréstimos de longo prazo que arrancou esta quinta-feira e se prolonga até 2016.

Os empréstimos de longo prazo a conceder aos bancos fazem parte das medidas anunciadas pelo BCE para tentar estimular a concessão de crédito na economia e assim ajudar a economia a evitar a estagnação económica e a delação.

Mas o resultado ficou abaixo das expetativas dos mercados, com a injeção de 82.600 milhões de euros, escreve o Público. O banco central empresta a taxas fixas bastante baixas (0,15%) e por um prazo alargado que pode ir até três anos.

Esta procura baixa dos bancos, segundo explica o jornal, pode representar um contratempo para a estratégia do BCE de aumentar os estímulos à economia. O facto de os bancos não estarem a querer aumentar os seus níveis de liquidez de forma significativa significa também que não existe vontade de aumentar o crédito concedido às empresas e famílias.

E se os empréstimos de longo prazo continuarem a ser feitos em montantes tão reduzidos, o BCE poderá ter de apostar de forma mais decidida em medidas de injeção da liquidez que não dependem da procura. Um exemplo é a compra pelo BCE de ativos nos mercados, o que constitui uma outra forma de aumentar a liquidez dos bancos.

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