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IMI: 5.000 cidadãos pedem hoje no Parlamento uma taxa única de 0,2%

A Assembleia da República discute hoje uma petição assinada por cinco mil cidadãos para que o IMI passe a ser igual em todo o País e a uma taxa reduzida de 0,2%. O documento chega ao Parlamento pela mão de um movimento de cidadãos intitulado "Plataforma Justiça Fiscal".

Segundo escreve o Jornal de Negócios, o documento que foi subscrito por 5.093 cidadãos argumenta que a reforma do IMI, ocorrida em 2003, foi empreendida com o objectivo de ter um impacto neutro em termos de receita fiscal, mas que, desde então, o imposto não pára de aumentar.

Em 2015, segundo o Governo, os proprietários pagarão 1,6 mil milhões de euros de IMI, um valor que tem vindo sempre a crescer e que contrasta com os 694 milhões de euros que eram cobrados em 2003. 

Aquilo que para os municípios se revelou uma "verdadeira mina de ouro", segundo os peticionantes, citados pelo jornal, configura para os contribuintes uma "brutalidade, injustiça e sacrifício familiar sobre um bem básico".

António Lourenço, presidente da Plataforma Justiça Fiscal, argumenta que deixar a fixação da taxa de IMI ao critério de cada município, como hoje acontece (as autarquias escolhem o imposto entre 0,3% e 0,5%) "gera tremendas injustiças".

"Não é justo que um imóvel que vale 200 mil euros em Freixo de Espada à Cinta pague um IMI diferente de um imóvel que vale 200 mil euros na Amadora", sustenta.

Já os 0,2% propostos serão a taxa adequada para que a receita volte aos prometidos níveis de 2003. A descida da taxa deve seguir-se uma revisão profunda das regras que, entre outras coisas, acabe com alguns dos benefícios fiscais existentes.  
 
A reforma do IMI, que entrou em vigor em 2004, foi sinónimo de um aumento substancial de receita para os municípios. A reavaliação geral de imóveis, de 2012, é outro dos marcos relevantes. Em 2015, os proprietários estarão a pagar mais 1,3 vezes IMI do que em 2003 e mais 35% em relação a 2012.  

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