
Uma grande operação estatística está prestes a arrancar em Portugal. No total, serão 250 técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) no campo, até ao final do ano para desenvolver o novo Inquérito às Despesas das Famílias 2015 (IDEF 2015). E para traçar uma verdadeira radiografia das condições reais de vida no país, as equipas do INE vão visitar mais de 18 mil famílias dentro das suas casas.
Em que tipo de bens e serviços gastam as pessoas o seu dinheiro? E quanto gastam? E de onde vêm os rendimentos? Têm crianças e idosos a cargo? E quanto custa ter esses dependentes? Que tipo de conforto e habitabilidade têm as famílias portuguesas? Há internet e cabo? Há aquecimento? Vivem abaixo do limiar da pobreza ou não? Estas são das algumas perguntas às quais o INE vai tentar obter resposta, segundo escreve o Dinheiro Vivo.
Segundo a fonte do INE de Lisboa, citada pelo jornal, "o inquérito é realizado através de entrevista direta aos membros das cerca de 18 mil famílias selecionadas (por métodos de amostragem), efetuada por entrevistadores devidamente credenciados e com formação adequada".
Este vai ser o primeiro censo aos orçamentos familiares do pós-ajustamento do pós-troika. O último foi conduzido em 2010/2011 e inquiriu 16815 alojamentos, dos quais foi possível extrair 56,4% de respostas completas e válidas. A nova operação é ainda mais ambiciosa no tamanho da amostra.
Antes da troika, cada família portuguesa gastava, num ano, 20.391 euros. O rendimento médio rondava 23.811 euros. Cada adulto gastava cerca de 11.799 euros, auferindo um rendimento de 13.750 euros/ano.
O limiar da pobreza por adulto equivalente era 6.600 euros de rendimento anual. 550 euros/mês.
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