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Dentro de uma semana e meia, a troika volta a Portugal para fazer a terceira avaliação pós-programa e vem com a agenda cheia. Os responsáveis da CE, BCE e FMI chegam no dia 27 de janeiro e trazem um documento de trabalho com 18 pontos no primeiro encontro com o Governo socialista de António Costa, num momento em que se começa a discutr que o programa de ajustamento do país parece ter ficado por concluir.

A equipa da Comissão Europeia que segue Portugal vai entregar ao Governo uma lista de 18 pontos de estrangulamento do investimento empresarial que precisam de ser resolvidos de forma urgente, avança o Diário de Notícias. 

O jornal diz ainda que, no âmbito da mesma visita, será entregue outro dossiê centrado nas contas públicas, no défice excessivo e na dívida, que suscita dúvidas quanto à sua sustentabilidade.

Bruxelas vai, por exemplo, lembrar às autoridades que Portugal está bastante mal no investimento, diz o DN. Tem a terceira taxa mais baixa da Europa em proporção do produto interno bruto (PIB). O investimento total nacional vale apenas 15,2% do PIB. Mais fraco só na Grécia (10,4%) e Chipre (11,7%). 

A taxa de investimento público também está em mínimos (2,2% do PIB) e só representa 15% do investimento total na economia.

No que concerne à economia empresarial, são vários os recados que a CE vai dar, de acordo com o jornal, ao Executivo de António Costa: continua a ser difícil despedir trabalhadores (individualmente), a formação de salários mantém-se centralizada devido à contratação coletiva, a burocracia dos licenciamentos comerciais é labiríntica, as qualificações das pessoas desadequadas, os impostos privilegiam o recurso à dívida em detrimento do capital em forma de ações, as regras vigentes no setor portuário e na grande distribuição e retalho barram a entrada de novos concorrentes.

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