
Todos os donos de propriedades rústicas vão passar a poder registar as suas terras e prédios sem qualquer tipo de custo ou emolumento. Para isso, o Governo compromete-se a criar um balcão único em todas as conservatórias do registo predial, bem como um balcão virtual. O objetivo é conhecer os terrenos sem proprietários, que serão integrados num banco, que agregará essas terras para serem exploradas, de preferência por cooperativas de produtores florestais.
"Muitas vezes uma das razões que leva as pessoas a não registarem os seus prédios e, sobretudo quando existem heranças, é porque o custo da burocracia é superior ao valor do próprio prédio rústico", explica o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, em declarações à Lusa.
O governante estima que existam mais de um milhão de prédios rústicos, mas frisa que "ninguém neste momento pode dizer que este número está certo ou errado", argumentando que o número exato de terras sem donos só poderá ser dado "quando o processo do sistema cadastral simplificado estiver concluído".
Terrenos cadastrados vão ser arrendados e vendidos
Depois de conhecidos os ativos, o "Governo cederá por arrendamento e, mais tarde, admite vender às pessoas, que depois de vários anos de boa gestão, comprovem ser merecedores de virem a tornar-se proprietários", referiu à agências de notícias o governante referindo ter sido definido como área mínima de atribuição 100 hectares e que "pelo menos 50% da área deve ter cinco prédios inferiores a cinco hectares" .
Esta terça-feira decorre, em Sintra, o segundo Conselho de Ministros dedicado à floresta, num espaço de cinco meses, depois da realização de uma reunião na Lousã no final de outubro de 2016.
A reunião de hoje no Palácio de Monserrate visa levar a cabo uma reforma do setor florestal, que será feita através de 12 diplomas, e tem como grandes objetivos prevenir os incêndios e potenciar a riqueza dos terrenos rústicos.
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