
O terreno liberto no Aleixo, no Porto, após as demolições das várias torres ali existentes já tem um rumo. O Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, Invesurb, vai construir sete edifícios de habitação que terão até 100 apartamentos, destinados a famílias das classes média e alta.
A urbanização resultará de um loteamento, concebido pelo ateliê Barbosa & Guimarães sob a coordenação técnica do arquiteto José António Barbosa, escreve o Jornal de Notícias. O projeto da operação de loteamento e das obras de infraestruturas entrou, no ano passado (ainda durante o mandato de Rui Rio), nos serviços de Urbanismo da Câmara e obteve aval municipal.
"O projeto de loteamento foi aprovado. Fizemos a reformulação da parte viária, embora se mantenham os percursos que lá existem com a renovação das infraestruturas. A construção nova no Aleixo será sobretudo habitação de gama média/alta", sublinha José António Barbosa, assinalando o reforço da arborização com um "tratamento urbanístico e paisagístico de maior qualidade" e a presença de um edifício para comércio de proximidade.
Os sete prédios de habitação terão cérceas de 4 e de 5 pisos. A proposta do loteamento não contém pormenores sobre a arquitetura dos edifícios. Só define a implantação e os usos. "Na zona de encosta [onde funcionou a escola primária], o arquiteto desenha um parque público e propõe o desentubamento da linha de água, a Mina do Ouro, que brota do Campo Alegre e desagua no rio Douro.
"Procuraremos fazer um trabalho de requalificação e de naturalização da linha de água, que ficará integrada no espaço verde de acesso público", esclarece o projetista, citado pelo jornal, certo de que não há uma data para a edificação da urbanização nos terrenos do Aleixo, uma vez que depende do realojamento de uma centena de famílias e da demolição das últimas três torres.
O projeto de José António Barbosa foi escolhido num concurso de ideias, lançado em 2012 pelo Invesurb. O fundo procura financiamento para concluir a operação de demolição do Aleixo e edificar a nova urbanização.
Venda de terreno na Foz por 2,32 milhões
O terreno das ruas da Quinta e de Diogo Botelho, entregue pela Câmara do Porto ao fundo Invesurb em 2012 aquando do aumento da participação municipal, foi vendido por 2,32 milhões de euros. O contrato promessa de compra e venda condicionado foi celebrado a 29 de julho do ano passado e o fundo perspetivava a concretização da alienação durante este ano, de acordo com o relatório de gestão de 2013 do Invesurb.
Nesse documento, os gestores do fundo destacam a importância do encaixe dos 2,32 milhões de euros. Servirá de "autofinanciamento para apoio à realização do objetivo principal do fundo - construção de habitações sociais para troca com o espaço urbano atualmente ocupado pelo bairro do Aleixo". O terreno da Rua da Quinta, que estava repleto de mato, foi recentemente limpo.
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