
Terminou na segunda-feira o prazo de apresentação das propostas do concurso para a concessão de 14 Pousadas da Juventude e, de mais de 100 interessados, foram formalizadas afinal apenas 10 candidaturas. A expetativa do Governo é encaixar um mínimo de 2,8 milhões de euros e um máximo de 4,37 milhões com estas concessões.
Agora, de acordo com Ricardo Araújo, presidente da direcção da Movijovem, citado pelo Público, caberá agora ao júri analisar os projetos e decidir quem passará a gerir os estabelecimentos.
Este processo deverá demorar, pelo menos, um mês. “Caso as propostas venham a cumprir o que é exigido no caderno de encargos, são seleccionadas. Mas pode haver ainda um processo de negociação”, adiantou o responsável ao jornal, escusando-se a revelar detalhes sobre as candidaturas.
A concessão suscitou o interesse inicial de mais de 100 organizações, que pediram para consultar o caderno de encargos e os documentos do processo.
“Quando lançámos 14 procedimentos tínhamos a expetativa de os 14 serem concessionados. Mas considerando o caderno de encargos, a exigência, e o tempo disponível para formalizar, penso que é um bom resultado”, comentou ainda o presidente da Movijovem, entidade pública detida em 80% pelo Instituto Português da Juventude e em 20% pela Associação de Utentes das Pousadas da Juventude.
Obrigações dos novos donos das Pousadas
Um dos requisitos que os potenciais vencedores terão de cumprir, segundo explica o diário, é o pagamento de uma caução e de um valor mínimo inicial que servirá para abater as dívidas à banca e varia de acordo com os resultados de cada pousada – vai de 2500 euros a 2,2 milhões, no caso da Pousada de Lisboa.
O concessionário pagará à Movijovem uma renda equivalente a 15% do valor da faturação bruta e tem de adoptar preços máximos de referência, definidos anualmente pela entidade pública.
Das 14 a concurso, apenas duas têm resultados positivos (a de Lisboa, na Rua Andrade Corvo, e a Pousada do Parque das Nações, também na capital).
Das 40 unidades a funcionar em Portugal, 31 dão prejuízo, apresentam baixas taxas de ocupação e, algumas precisam de obras urgentes, segundo o Público.
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