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Casa Manoel de Oliveira vendida a marido de Isabel dos Santos por 1,58 milhões de euros
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O empresário e colecionador de arte africana Sindika Dokolo, casado com a empresária angolana Isabel dos Santos, comprou a casa Manoel de Oliveira, no Porto, que esta segunda-feira foi a hasta pública. Sindika Dokolo pagou 1,58 milhões de euros pelo imóvel.

“A ideia de comprar a casa surgiu durante a minha estada no Porto. Fiquei bastante entusiasmado com o 'feeling' do Porto e a casa será a sede da minha Fundação fora de África”, disse o responsável, em declarações ao Jornal de Negócios.

A compra da casa Manoel de Oliveira – a Câmara Municipal do Porto (CMP) já a tinha tentado vender em hasta pública, mas sem sucesso – foi efetuada através da empresa Supreme Treasure, com sede na Avenida da Liberdade, em Lisboa, precisamente no mesmo endereço onde está sediada a Santoro, a “holding” de Isabel dos Santos para os negócios em Portugal.

Sindika Dokolo esteve no Porto em março de 2015, onde apresentou a exposição “You Love Me, You Love Me Not”, na qual foram mostrados ao público mais de 50 artistas africanos contemporâneos que fazem parte da sua coleção.

Citado pela publicação, o marido de Isabel dos Santos referiu que encontrou semelhanças entre Porto e Barcelona (Espanha), no que respeita à dinâmica cultural, e explica que a casa Manoel de Oliveira, da autoria do arquiteto Souto Moura, será utilizada como residência para artistas africanos e como espaço para a conceção de projetos envolvendo criadores africanos e europeus. O objetivo é “tornar o Porto ainda mais cosmopolita e mais cultural”, contou.

Rui Moreira: “Mais que um alívio”

Em declarações à Lusa, Rui Moreira, presidente da CMP, disse que a venda do imóvel “é mais que um alívio, porque “existia uma preocupação grande” por estar “ao abandono”. Ou seja, “além do interesse monetário” da venda, também é “resolvido um problema de reabilitação”.

Em maio de 2014, Rui Moreira tentou vender o imóvel, com entrada pelas ruas Viana de Lima e de Bartolomeu Velho, também pelo valor mínimo de 1,58 milhões, mas não houve compradores interessados. Durante cerca de um ano, a CMP ainda tentou vendê-la por ajuste direto, mas sem sucesso.

As duas frações da propriedade, construída para habitação do cineasta portuense – ficou pronta em 2003 –, nunca foram utilizadas pelo realizador, que faleceu a 2 de abril de 2015. 

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