Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, revelou que ainda não tem nenhum projeto ativo para o imóvel denominado Casa Manoel Oliveira, cuja hasta pública que terminou dia 7 não teve interessados.
“Temos de pensar o que é que vamos fazer, mas não temos neste momento nenhum projeto ativo relativamente à casa. Se tivermos, anunciaremos”, disse o autarca, citado pela Lusa Rui Moreira. “Não é uma questão de estar em segredo. Esse assunto foi tratado antes do meu tempo (...), é um projeto antigo, o projeto foi feito pelo Eduardo Souto Moura. Ela hoje é mais a casa do Eduardo Souto Moura do que a Casa de Manuel de Oliveira, uma vez que o senhor Manuel de Oliveira nunca quis a casa”, acrescentou.
O equipamento, situado na zona da Foz, na rua Diogo Botelho, foi projetado por Eduardo Souto Moura há duas décadas e concluído há 12 anos para ser casa e museu de Manoel de Oliveira. Foi construído pela autarquia e nunca foi usado ou alvo de acordo formal com o cineasta portuense, que morreu no início de abril, com 106 anos.
Em novembro de 2013, a Fundação de Serralves assinou um protocolo com a família de Manoel de Oliveira para acolher o seu espólio e, em 2014, Rui Moreira decidiu vender o imóvel por considerar não fazer sentido “manter uma casa que nunca foi utilizada”.
O leilão não teve qualquer licitação e terminou dez minutos depois, com os serviços municipais a anunciar que o regulamento do município estipula, nestes casos, que o equipamento possa ser, durante um ano, vendido por ajuste direto por um montante até 5% inferior ao valor base da hasta pública.
Até dia 7 de maio, data do fim do prazo de um ano para vender o equipamento por ajuste direto, ninguém o quis comprar.
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