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Os investidores, sobretudo internacionais, fizeram de 2015 um ano recorde de investimento em imobiliário no mercado português. E agora entende-se porquê. Os imóveis em Portugal geraram um retorno do investimento de 12,1%, a melhor das performances registadas no país desde 2000. Em 16 anos de índice, o retorno médio proporcionado pelo imobiliário foi de 7,5%. 

O nível registado em 2015 (12,1%) alinha com os retornos de 2006 e 2007 e foi apenas superado pelos anos de 2001 e 2002, que registaram retornos acima dos 13%, segundo os mais recentes dados do Índice Anual de Investimento Imobiliário IPD Portugal/MSCI, citados pelo Público.

À semelhança do que aconteceu, escreve o jornal, quase sempre e desde que o retorno do imobiliário é medido em Portugal, o retalho foi o segmento que proporcionou retornos mais elevados (16,9%) em 2015 e é um dos alvos preferidos dos investidores, sobretudo estrangeiros. 

Nos escritórios o retorno foi de 5,9%, no residencial 5,6% e outras classes de imóveis 4,2%, números que compensaram o recuo de 10,2% sentido no segmento industrial. No final de 2015, este índice agregava em Portugal 514 imóveis, com um valor de 6,2 mil milhões de euros. 

Portugal dá uma das melhores performances internacionais

"O índice português é claramente um dos menos voláteis entre todos os mercados mundiais que analisamos”, diz Luís Francisco, Senior Associate da MSCIE, citado pela publicação.

Sem divulgar resultados agregados do índice global, que compara a performance do investimento imobiliário em vários mercados mundiais, este responsável adianta que "em 2015, o índice português foi um dos que devolveu melhor performance". 

E 2016 também "será um bom ano para Portugal, continuando a rota de crescimento iniciada em 2015", antecipa por sua vez Daniel Galvéz, head de RE Asset Management Iberia do Deutsche Asset Management, também citado pelo Público.

O interesse real dos investidores parece não abrandar, segundo os mais recentes dados da JLL. Já no primeiro trimestre deste ano, o imobiliário comercial (que exclui sobretudo o de uso residencial e projetos de promoção) captou um volume de investimento de 570 milhões de euros, crescendo mais de 225% face ao primeiro trimestre do ano passado, de acordo com a consultora imobiliária.

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