
Depois de ter sido descoberto que a cor original do Palácio Nacional de Queluz era o azul e de, em agosto do ano passado, se ter avançado com a pintura das fachadas sobre os jardins superiores, iniciou-se agora a nova fase de intervenção nas fachadas viradas para o exterior, entre o Pavilhão D. Maria e o antigo Jardim dos Embrechados, pátios interiores e muros.
Segundo o Público, que se apoia em dados da Parques de Sintra, responsável pela gestão de vários monumentos do concelho, o programa de projetos de recuperação dos Jardins e Palácio Nacional de Queluz representa um custo de cerca de 660.000 euros.
Quer isto dizer que depois de concluídas as intervenções, iniciadas no final de maio, o Palácio de Queluz irá ficar todo azul, devolvendo a sua cor original às paredes do edifício, descritas e representadas no século XIX com esta cor. Até ao início das intervenções, o palácio apresentava várias cores que variavam entre o rosa, laranja e amarelo nos rebocos, verde e azul nas caixilharias.
Apesar da sua reduzida dimensão, o palácio construído no século XVIII é património estatal desde 1908, ano em que foi doado por D. Manuel II. Tornou-se monumento nacional em 1910. A 5 de Outubro de 1934, um incêndio destruiu parcialmente o edifício e os jardins, altura em que o cor-de-rosa terá sido adaptado para o reboco das fachadas.
O debate sobre a cor original foi despoletado pela descoberta de dois vestígios de azul atrás de bustos, em fachadas distintas do Palácio Nacional de Queluz, durante uma ação de manutenção nos anos 80/90 do século XX.
As análises realizadas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil e mais recentemente pelo Laboratório HERCULES da Universidade de Évora confirmaram tratar-se de reboco tradicional de cal e areia e pigmento azul claro acinzentado.
Para poder comentar deves entrar na tua conta