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As taxas de juros negativas têm vindo a fazer com que os depósitos sejam uns dos instrumentos de poupança menos atrativos dos últimos tempos, com baixas rentabilidades. Mas agora a banca começa mesmo a querer repercurtir esse efeito nos depósitos e há já instituições financeiras internacionais a cobrar aos clientes por terem lá dinheiro. Será que a moda vai pegar em Portugal?

O Raiffeisen Gmund am Tegernsee é o banco da Baviera alemã que, a partir de 1 de setembro, vai cobrar uma taxa de 0,4% aos depósitos de particulares acima de 100 mil euros, segundo noticiou o Financial Times e a Bloomberg: a partir de 1 de Setembro. Há 140 clientes visados com um total de 40 milhões de euros em depósitos.

O Financial Times lembra que em 2014, já com Mario Draghi a cortar nas remunerações dos depósitos no BCE, o Deutsche Skatbank também decidiu começar a cobrar aos maiores clientes particulares, com contas acima de 500 mil euros.

Fenómeno de escala global? 

Segundo a Bloomberg, que cita um comunicado oficial do presidente da associação germânica de bancos Michael Kemmer, não se espera um movimento à escala nacional de taxas negativas nos depósitos das famílias: "a concorrência entre os bancos e as caixas de poupanças na Alemanha é demasiado forte". "Cada banco é que decide se e como cobra por depósitos". 

As medidas que estão a ser tomadas por estas instituições resultam da política do Banco Central Europeu (BCE), que tal como recorda por sua vez o Jornal de Negócios, impôs uma taxa de depósitos de -0,4%, o dinheiro que cobra aos bancos que queiram ter dinheiro estacionado em Frankfurt.

Ou seja, os bancos não têm uma remuneração por colocar o dinheiro no BCE. Em vez disso, pagam pela segurança de ter ali o dinheiro parqueado (o objetivo da autoridade monetária é obrigar a que os bancos coloquem no sistema, dando crédito às empresas e famílias)

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