No ano passado, 22,3% dos trabalhadores no mercado laboral português tinham um contrato a termo certo, fazendo com que Portugal fosse o terceiro país da Europa com o mais alto índice de trabalho temporário. Apenas a Polónia e Espanha estão à frente, com 27,5% e 26,1%, respetivamente, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, o organismo oficial de publicação de estatísticas da União Europeia.
Logo depois de Portugal estão a Croácia, com 22,2% de trabalho temporário, e a Holanda, com 20,6%. E os países em que os trabalhadores temporários têm menos peso são a Roménia (1,4%) e a Lituânia (2%).
No total da União Europeia havia no ano passado 26,4 milhões de trabalhadores entre os 15 e os 64 anos com contratos a prazo, ou seja, 14,2% de todos os trabalhadores no espaço comunitário. A precariedade é mais alta entre as mulheres (14,7%) do que entre os homens (13,8%).
Jovens são os mais precários
É entre os mais jovens que o trabalho temporário assume expressão mais relevante. Segundo o Eurostat, no ano passado 43,8% dos trabalhadores europeus até aos 24 anos tinham contratos a prazo, com destaque para a Eslovénia (74%), Espanha (72,9%), Polónia (70,7%), Portugal (66,3%) e Croácia (64,6%).
Dos 25 aos 49 anos o peso dos temporários na Europa é de 13,1%, e na faixa dos 50 aos 64 anos o peso é de 6,9%.
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