Há pelo menos 37.500 trabalhadores por conta de outrem, em Portugal, a ganhar 3.000 euros limpos ou mais. Nos três primeiros meses do ano, este número disparou 30% face a igual período de 2017, atingindo o valor mais alto de sempre. A oferta do mercado de trabalho também parece estar a melhorar: a taxa de desemprego recuou para os 7,9%.
O mercado está a dar sinais de recuperação. Neste primeiro trimestre a taxa de desemprego baixou para os 7,9%, o registo mais baixo em quase dez anos, segundo os resultados do Inquérito ao Emprego divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No final do primeiro trimestre havia 410.100 pessoas desempregadas, menos 11.900 (-2,8%) que no trimestre anterior, "prosseguindo os decréscimos trimestrais observados desde o segundo trimestre de 2016", nota o INE. Na comparação com o período homólogo, a diminuição foi de 113.000 pessoas (-21,7%).
Há menos pessoas desempregadas, mas também há mais pessoas a ganhar melhor. O número de trabalhadores por conta de outrem que ganham 3.000 euros ou mais líquidos por mês, segundo o Dinheiro Vivo, disparou 30% no primeiro trimestre deste ano, atingindo o maior valor das séries do INE. Este impulso também ajudou a que o salário líquido médio da economia subisse 3,5%, para 876 euros mensais.
Emprego aumenta 3,2% num ano
O número de desempregados que procuram emprego há mais de 12 meses ou mais (de longa duração) também recuou mais de 28%, ainda que grupo continue a representar mais de metade da população desempregada (53,8%). E os sinais positivos parecem estender-se aos jovens, cuja taxa de desemprego caiu para os 21,9%, o registo mais baixo desde 2011.
O mercado de trabalho ganhou, num ano, 148.600 pessoas, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 3,2%. O INE justifica este aumento homólogo da população empregada com o acréscimo do emprego entre as mulheres (mais 80.400), entre as pessoas dos 45 aos 64 anos (mais 117.200) e entre aqueles que completaram ensino secundário ou pós-secundário (85.500). Atualmente Portugal tem 4.806.700 de pessoas empregadas.
Taxa de desemprego desceu 2,2% num ano, para 8,9% em 2017
A taxa de desemprego em Portugal tem vindo a recuar nos últimos tempos, tendo baixado 2,2% num ano: em 2016 era de 11,1% e no ano passado caiu para 8,9%, abaixo das estimativas mais recentes do Governo, que antecipava uma taxa de 9,2%. Em 2017, a população desempregada, estimada em 462,8 mil pessoas, diminuiu 19,2% face a 2016 (menos 110,2 mil).
Quanto custa às empresas em Portugal cada hora de trabalho?
Em 2023, as empresas portuguesas gastaram, em média, 17 euros por cada hora trabalhada – incluindo custos salariais e outros gastos, como impostos e contribuições sociais –, segundo dados divulgados recentemente pelo Eurostat. Trata-se de um valor muito inferior ao registado na média da União Europeia (UE) e da Zona Euro: 31,8 e 35,6 euros, respetivamente. Portugal é, de resto, um dos países onde o valor é mais baixo (o 10º entre os Estados-membros da UE).
Custos das empresas com salários sobem 5,5% em Portugal no 4º trimestre
No quarto trimestre de 2023, os custos do trabalho por hora aumentaram 3,4% na Zona Euro, 4% na União Europeia (UE) e 5,7% em Portugal, face ao período homólogo, segundo dados do Eurostat. De referir que há duas grandes componentes nesses custos: os salários e os outros encargos. Relativamente aos ordenados, subiram 3,1% na Zona Euro e 3,8% no conjunto da UE em termos homólogos. Em Portugal, o crescimento foi ligeiramente superior: 5,5%.
Livro verde sobre relações laborais: o que é
O nosso quotidiano, enquanto sociedade, está muito diferente do que era noutras décadas, nomeadamente no século passado. A revolução digital tem-se sentido nos últimos anos. Atualmente, a inteligência artificial e a automação estão a transformar o mercado trabalho.
Taxa de desemprego mantém-se em 6,5% – está mais baixa que há um ano
A taxa de desemprego em Portugal foi de 6,5% em janeiro, sendo idêntica à registada em dezembro e inferior à verificada no período homólogo (7%), segundo dados provisórios divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira (29 de fevereiro de 2024).
Abandono do posto de trabalho: o que diz a lei
Quando um trabalhador não comparece ao emprego sem justificação há pelo menos 10 dias úteis ou sabe-se que ele se encontra a trabalhar por conta própria ou no estrangeiro, a lei considera haver abandono do posto de trabalho.
Salário mínimo português ultrapassado pelo da Polónia em 2024
O salário mínimo em Portugal aumentou para 956,67 euros brutos em 2024, segundo dados divulgados recentemente pelo Eurostat. Um crescimento, no entanto, que não foi suficiente para melhorar a posição do país face aos restantes parceiros europeus, visto que Portugal desceu um lugar no ranking e foi ultrapassado pela Polónia, tendo passado de 10º para 11º lugar.
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