
A fase de transição para o imobiliário está a correr bem, pois este setor é uma área que Tiago Rafael gosta, tal como ser desportista. Em entrevista ao idealista/news confessa que o principal desafio é ser o melhor, tanto como consultor, como atleta, dando o melhor de si quando está no ringue e também quando exerce a sua atividade de consultor imobiliário.
Como caracteriza o seu percurso enquanto desportista de alta competição?
Sinto um orgulho enorme e dever cumprido em todos os clubes que representei. Sempre dignifiquei qualquer um deles da mesma forma e compromisso, e acima de tudo com muito respeito, trabalho, dedicação, profissionalismo e humildade.
Qualquer atleta passa por momentos bons e menos bons. Para mim, os menos bons são aqueles em que estamos lesionados ou em que não conseguimos alcançar os objetivos propostos pelo clube ou mesmo individuais. Mas são estes que fazem-nos crescer enquanto atletas e pessoas.
Ao longo do meu percurso de desportista tive algumas lesões graves, uma delas foi quando tinha 20 anos. Tive um problema num joelho, e chegaram a dizer-me que estava ‘acabado’ para o hóquei em patins. As outras, mais graves, já foram mais recentemente.
Esta fase é muito complicada e difícil de digerir. Porque começas a ter a verdadeira noção de que o ciclo como atleta profissional na tua vida está a terminar. É um momento muito duro para qualquer atleta, o dia em que termina a sua carreira, pela paixão, alegria, satisfação que temos pela modalidade e pelo desporto e por tudo que envolve.
Como está a decorrer esta fase de transição entre carreira desportiva e a profissional?
Esta fase é muito complicada e difícil de digerir. Porque começas a ter a verdadeira noção de que o ciclo como atleta profissional na tua vida está a terminar. É um momento muito duro para qualquer atleta, o dia em que termina a sua carreira, pela paixão, alegria, satisfação que temos pela modalidade e pelo desporto e por tudo que envolve.
A fase de transição está a correr bem, pois o ramo imobiliário é uma área de que eu gosto muito também, e assim torna-se mais fácil. O principal desafio é ser o melhor, tanto como consultor, como atleta, dar o melhor de mim quando estou no hóquei e o mesmo quando estou como consultor imobiliário.
Como é que o desporto é importante para superar as dificuldades que surgem no dia a dia?
O desporto obriga-nos, enquanto atletas, a lidar diariamente com vários aspetos, como, por exemplo, o compromisso, o rigor, o espírito de sacrifício, a resiliência, o saber estar em grupo, o respeitar o outro - mesmo sendo adversário -, à tomada de decisão e à melhoria constante, ao trabalho diário com se fosse o último dia. A ter muita humildade, uma grande paixão e uma vontade enorme em vencer, sem nunca desistir, e até, por vezes, para além da exaustão, porque mais dia, menos dia irás ser recompensado. É desta forma que eu penso também quanto estou a exercer a função de consultor imobiliário.
Esta profissão tem também um lado muito emocional, porque ajudamos as pessoas a encontrar o seu lar, o seu porto de abrigo, ou seja, ajudamos as pessoas/famílias na realização de um sonho.
A atividade de mediação imobiliária é uma profissão de grande exigência e persistência?
Apesar do conhecimento do ramo imobiliário, a minha ‘aventura’ como consultor imobiliário começou há alguns meses. Mas, como em todos os inícios em qualquer atividade, temos a fase de adaptação, de formação e aprendizagem inicial.

Mas está a correr bem. É sobretudo uma profissão de ‘relação diária com pessoas’, o que leva a que seja de grande exigência, de persistência e profissionalismo. Não só pelas pessoas com quem trabalho, mas porque é a minha forma de ser. Além disso, temos de ter um conhecimento diário e constantes de todos os aspetos que envolvem o ramo imobiliário, como, por exemplo, conhecimento dos mercados, documentação necessária nas várias transações, ajudar e aconselhar o vendedor no processo de promoção e venda do imóvel, ajudar os compradores na procura de imóveis, dar informação sobre o ramo imobiliário à sociedade.
Esta profissão tem também um lado muito emocional, porque ajudamos as pessoas a encontrar o seu lar, o seu porto de abrigo, ou seja, ajudamos as pessoas/famílias na realização de um sonho.
Considera que iniciativas como a Sports Embassy são importantes no acompanhamento que faz aos desportistas na sua integração da vida ativa?
Sem dúvida alguma. Quando um atleta começa uma carreira desportiva, só pensa naquilo, é natural que o foco esteja direcionado em ser o melhor atleta possível, e acabas por desprezar um pouco o pós-carreira.
Só começas a ter noção desta realidade quando a carreira começa a acabar. A maior parte dos casos, não nos preparamos ao longo da carreira como desportista para quando ela terminar, e é aí que iniciativas como a Sports Embassy são importantíssimas, porque o desportista sente-se perdido, sem rumo, e necessita de ajuda e acompanhamento para poder seguir a sua vida, seja ela ligada ou não ao desporto.
Que outras ferramentas são importantes para que os atletas estejam preparados para os desafios futuros?
Para além de todas as experiências, vivencias e ferramentas que o desporto nos dá enquanto atletas, acho importantíssimo, ao longo da sua carreira de desportista, prepararem-se o melhor possível para o pós-carreira. Esse processo pode passar por obter o maior e melhor conhecimento/informação/experiência na mesma ou em outras áreas, através de um curso universitário ou outro tipo de curso, ou mesmo ir experienciando a prática dessa área.
Quando um atleta começa uma carreira desportiva, só pensa naquilo, é natural que o foco esteja direcionado em ser o melhor atleta possível, e acabas por desprezar um pouco o pós-carreira.
Para poder comentar deves entrar na tua conta