O legado de Berlusconi: para quem ficam as propriedades?

Os advogados estão a trabalhar nos detalhes formais do acordo, que está prestes a ser assinado, segundo a imprensa italiana.

Villa Certosa Alessandro Muccione

Floriana Liuni

20 Setembro 2023, 9:05

Os herdeiros de Silvio Berlusconi terão chegado a um acordo para a divisão dos bens do Cavaliere, que morreu no passado dia 12 de junho. Os advogados estão a trabalhar nos detalhes formais do acordo, que está prestes a ser assinado, e estabelecerão o destino dos bens que compõem o legado do ex-primeiro ministro italiano. Afinal, para quem ficam as propriedades?

Villa Belvedere Corriere.it

Segundo rumores da imprensa italiana, os acordos pretendem manter a harmonia entre os dois "blocos" familiares, compostos pelos dois filhos mais velhos, Marina e Pier Silvio Berlusconi, e os filhos mais novos Bárbara, Eleonora e Luigi. A divisão das ações da herança poderia levar a uma reorganização parcial das ações da empresa; de momento, Marina e PierSilvio são acionistas maioritários da Fininvest. As atribuições dos legados a Paolo Berlusconi, Marta Fascina (ambos com 100 milhões) e Marcello dell'Utri (30 milhões) ainda estão por definir.

Villa Campari corriere.it

As quotas da herança prevêem a atribuição da totalidade da quota disponível aos dois filhos mais velhos. Os dois são acionistas maioritários da Fininvest (herdarão 53% contra 47% dos outros três irmãos), que tem no seu seio a cotada MFE, a Mondadori e 30% do Banca Mediolanum, mas também terá um terço dos restantes ativos, divididos igualmente. Em partes iguais, os bens restantes serão divididos entre os cinco filhos.

Wikimedia commons

Será preciso, portanto, contabilizar o valor a ser dividido em relação a imóveis, barcos, obras de arte, contas bancárias e títulos, mantendo a proporção de cerca de 60% para os dois maiores e 40% para menores. Em particular, a divisão inclui as icónicas villas, geridas pela empresa Dolceredrago cujas ações poderiam ser divididas de acordo com as proporções estabelecidas. No entanto, propriedades como a villa em San Gimignano, Lampedusa e Villa Campari em Lesa, no Lago Maggiore, não estão incluídas na empresa.

Barcos e obras de arte deverão ser inventariados. A princípio, haverá um acordo de uso comum entre irmãos.

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