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A startup portuguesa Aptoide levou a gigante norte-americana Google a tribunal, queixando-se de ter sido eliminada da lista das apps seguras da Play Store – a loja de aplicações do sistema Android –, e ganhou o processo no qual acusava a gigante da prática de concorrência desleal.

Na queixa contra a Google, a startup portuguesa – cujo serviço é concorrente do Play Store – acusava a gigante de bloquear o surgimento da app da Aptoide na lista de aplicações disponíveis para que os utilizadores a pudessem descarregar, através do Google Play Protect. Na prática, o sistema alertava os utilizadores para os perigos de segurança de descarregar a app da Aptoide.

“O comportamento é realmente agressivo", disse em julho o CEO da empresa portuguesa, Paulo Trezentos, citado pela Bloomberg. O responsável contestou as críticas à falta de segurança da sua app, sublinhando que é das mais seguras do mercado.

Entretanto, o Tribunal Judicial da Comarca de Évora deu razão à portuguesa, forçando a Google a remover os alertas de malware centrados sobre o sistema de proteção da Google, o Play Protect. A deliberação vai ter impacto num conjunto de 82 países, incluindo o Reino Unido, a Alemanha, os EUA, a Índia e vários outros.

A Aptoide alega que, por causa desses avisos de "perigo", perdeu 2,2 milhões de utilizadores nos últimos 60 dias, revelando ter uma equipa jurídica a trabalhar numa ação principal para exigir da Google uma indemnização.

“Esta decisão é um sinal para as startups em todo o mundo: se têm a razão do vosso lado, não tenham medo de desafiar a Google", referiu Paulo Trezentos num comunicado, citado pelo Negócios.

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