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Construção recuperou no final de 2016 e há sinas de otimismo para este ano
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No último trimestre de 2016, o setor da construção deu sinais de recuperação. Para a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), houve “uma evolução positiva dos diferentes indicadores” nos últimos três meses do ano passado e “reforçaram-se as boas expetativas para a evolução da produção do setor da construção para 2017”.

A justificar este cenário estão os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), argumenta a FEPICOP. A produção na construção cresceu, tendo um “crescimento homólogo de 1,7%, tanto no investimento em construção como no VAB do Setor”, e o emprego aumentou, “ultrapassando os 300 mil e refletindo um acréscimo de 6,7% em termos homólogos”. “Em termos anuais, o crescimento atingiu os 4,5%, com 289,9 mil pessoas, em média, a trabalhar no setor ao longo de 2016”, refere a entidade em comunicado.

Também as obras públicas estão “em alta”, com o mercado a mostrar grande dinamismo no último trimestre do ano passado. “Registaram-se crescimentos homólogos de 69% e de 130% no número e valor das obras lançadas a concurso, quando, até setembro, as evoluções tinham sido de +19% e de +16%, respetivamente. Também nos contratos celebrados os acréscimos homólogos acentuaram-se expressivamente, passando de taxas de crescimento do número e valor dos contratos, de 5% e 12%, respetivamente, para 13% e 26%”, lê-se no documento.

O que diz respeito ao licenciamento, está também “em expansão”, tendo-se registado um “aumento acentuado” nas obras privadas. “Cresceu, em termos homólogos, 37,5% em número no que respeita à construção de novos fogos habitacionais e 24% em área (m2) no que concerne à construção de novos espaços não residenciais, ao longo de 2016”, conclui a FEPICOP.

Anúncios de concursos públicos em máximos de três anos

Entretanto, em fevereiro de 2017 foram publicados no Diário da República (DR) 1.021 anúncios de abertura de concursos de aquisição de bens, serviços e empreitadas, totalizando 457 milhões de euros. “Deste total, as empreitadas de obras públicas representaram 211 milhões de euros (46%), pertencendo o restante (246 milhões de euros) a contratos de bens e serviços (54%)”, refere o Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e da Construção (IMPIC).

Segundo dados que constam na Síntese Mensal da Contratação Pública, foram publicados em fevereiro mais 97 anúncios que no mês anterior, o que representa um aumento de 10,5%. “Fevereiro foi, aliás, o mês em que se registou o mais elevado número de anúncios publicados (1.021) desde janeiro de 2014”, lê-se no documento.

Em termos homólogos, foram publicados em fevereiro deste ano em DR mais 308 anúncios que no mesmo mês do ano passado (713 anúncios). 

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