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Inspeções e prevenção poderiam ter evitado tragédia em Tondela
GTRES

Oito mortos e 38 feridos é o balanço do incêndio ocorrido no sábado (13 de janeiro) à noite na Associação Cultural de Vila Nova da Rainha, no concelho de Tondela (Viseu). A investigação às causas do incêndio ainda está em curso, mas a Associação Portuguesa de Segurança (APSEI) já veio apontar alguns fatores que poderão estar na origem do problema. Entre eles a ausência de inspeções regulares ao edifício, como prevê a legislação.

De acordo com a APSEI, três factos parecem estar fortemente ligados à ignição e ao desenvolvimento do incêndio, nomeadamente a “instalação incorreta da salamandra com tubagens que atravessavam o teto falso, a existência de materiais altamente inflamáveis e produtores de gases tóxicos no teto e saídas de emergência bloqueadas”.

“Até ao momento, duas lições parecem poder ser aprendidas: a importância da prevenção e a importância da definição e implementação de medidas preventivas de SCI (Segurança Contra Incêndios) por parte dos responsáveis por edifícios e estabelecimentos, especialmente dos que recebem público e a seleção de materiais e produtos de construção, levando também em conta a sua contribuição para o incêndio, sempre que se decida construir ou renovar instalações”, sublinhou Maria João Conde, secretária geral da APSEI, em comunicado.

A APSEI lembrou que “medidas simples” como verificar regularmente se as saídas de evacuação estão desimpedidas e devidamente sinalizadas e se as portas de emergência estão funcionais poderiam ter tido um “impacto importante na mitigação das consequências deste incêndio”.

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