"Nestes cinco anos, dei tudo o que podia e sabia para o êxito do grupo Mota-Engil. assumo que a um ritmo vertiginoso e cuja continuidade, para mim, exigiria uma energia que não é humanamente renovável". Era com estas palavras que, em janeiro de 2013, se demitia Jorge Coelho do cargo de presidente da comissão executiva e vice-presidente que ocupava, mantendo desde aí a ligação ao grupo nortenho como consultor. Agora, o ex-ministro socialista das obras públicas está de volta à administração.
Jorge Coelho vai, desta vez, partilhar com o atual presidente executivo, Gonçalo Moura Martins (que o subsitituiu na presidência executiva, vindo de ser o administrador financeiro do grupo), e com Arnaldo Figueiredo, a vice-presidência do conselho de administração do grupo. A presidência do conselho de administração continua entregue a António Mota.
A volta de Coelho enquadra-se no alargamento da mesa de administração (atualmente composta por 17 elementos) para o número máximo permitidos pelos estatutos (21 membros), aprovado por maioria em assembleia-geral, este mês no Porto.
Cúpula da construtora recheada de políticos
Entre os novos nomes que vão aceder ao lugar à administração do grupo, além de Coelho, está o embaixador Francisco Seixas da Costa. Ambos já pertenciam ao conselho estratégico do grupo, onde também está o ex-ministro Paulo Portas.
Seixas da Costa, tal como recorda o Público, está também nas administrações da EDP Renováveis e da Jerónimo Martins. Na Mota-Engil, terá ainda a companhia de Sofia Salgado Cerveira Pinto e Ana Paula Chaves e Sá Ribeiro como vogais.
No conselho de administração do grupo mantém-se também outros políticos como Luís Valente de Oliveira, ex-ministro de Cavaco Silva e Durão Barroso, e Lobo Xavier, antigo dirigente do CDS, que ocupa lugares de administração em várias empresas.
Para poder comentar deves entrar na tua conta