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Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota abre portas em outubro com capacidade para 8.000 pessoas
A sala principal do Pavilhão Rosa Mota tem capacidade para 5500 lugares sentados Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota

O novo Super Bock Arena- Pavilhão Rosa Mota, localizado nos jardins do Palácio de Cristal, no Porto, deverá abrir portas já em outubro. O renovado espaço vai continuar a ser um equipamento multifunções, com capacidade para acolher até oito mil pessoas em eventos culturais, desportivos e empresariais de grandes dimensões.

A diferença vai estar agora na qualidade do espaço e nas condições de conforto acústico e térmico do edifício. A garantia é dada aos jornalistas pelos responsáveis da Círculo de Cristal - consórcio que reuniu a Lucios e a PEV Entertainment, numa visita às obras, e onde já é possível confirmar as condições de modernidade que o futuro espaço vai ter. 

O investimento inicial de 8,5 milhões de euros já foi ultrapassado “devido às melhorias que foram introduzidas ao longo do projeto", revela Filipe Azevedo, CEO da Lucios. O gestor responsável pela construção garante ao idealista/news que o montante “não vai chegar aos 10 milhões”, sem revelar o valor exato do investimento.

Atrair para o Porto grandes congressos internacionais

A multifuncionalidade do edifício, que passa pela música, pelo desporto e pela realização de congressos, entre outros eventos, é uma das grandes mais-valias do espaço e vem preencher uma grande lacuna na cidade do Porto.

A sala principal do Pavilhão Rosa Mota tem capacidade para 5.500 lugares sentados, embora chegue às oito mil pessoas quando estiver num formato sem bancadas. “Uma situação possível com o recurso a uma bancada amovível, que recolhe no ultimo pavimento do piso 1”, explica Jorge Silva, da PEV Entertainment.

O novo espaço vai permitir a realização de eventos empresariais de grande dimensão, colocando a cidade no roteiro dos grandes congressos internacionais.

Centro de congressos e nova caixilharia encarecem obra

A capacidade para a realização de congressos ou eventos de empresas é ampliada com um novo auditório, que será construído de raiz “aproveitando salas de arrumos e casas de banho, planas e sem pé direito suficiente situadas no piso -1”, explica Filipe Azevedo.

A obra foi possível graças ao “rebaixamento e escavação sobre rocha, durante seis meses, para dar lugar a um auditório em anfiteatro com 500 lugares sentados, quatro salas com capacidade para 100 pessoas e ainda uma zona de exposição polivalente com 610 metros quadrados”. “O auditório era um espaço que tinha pilares e foi preciso suspender o edifício para cortar os pilares e reforçar outros”, explica o responsável da Lucios.

Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota abre portas em outubro com capacidade para 8.000 pessoas
O centro de congressos tem 500 lugares sentados, quatro salas com capacidade para 100 pessoas Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota

Este novo espaço, que inicialmente não estava previsto nestes moldes, fez derrapar o prazo de conclusão da empreitada em alguns meses – o prazo inicial era o de maio passado – justificando também o aumento do valor de investimento total da obra.

Filipe Azevedo esclarece ainda que o projeto inicial não contemplava a alteração da caixilharia que envolve o edifício ao nível do piso térreo. O projeto inicial previa o seu aproveitamento, algo que não foi possível devido ao seu estado de degradação.

“Óculos” fechados na maioria dos eventos

Para além do revestimento de toda a estrutura da cúpula do edifício e da substituição de todos os vidros de cada um dos 768 “óculos” – as aberturas circulares no interior do edifício que são uma das imagens de marca do pavilhão -, será ainda colocada uma tela que vai permitir controlar a entrada de luz. A tela deverá estar fechada em mais de 90% dos eventos.

A cúpula e a claraboia vão estar escondidas por uma tela acústica, com “óculos” tapados, para impedir a entrada de luz natural. “São exigências técnicas. Grande parte dos eventos exigem que não haja luminosidade natural nenhuma”, adianta Filipe Azevedo.

O Pavilhão Rosa Mota irá contar com duas tribunas, nos pisos 1 e 3, além da bancada retrátil. A isto juntam-se 23 camarotes para empresas – parte deles já reservados - cada um com 16 lugares, no segundo piso. Dentro da sala principal haverá dois espaços lounge, quatro camarins, balneários e um elevador para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida. 

Cúpula permite vistas de 360 graus sobre o Porto

O novo espaço terá também uma entrada exclusiva para os artistas, com acesso direto à arena central. Esta entrada fica localizada na parte lateral, virada para o jardim, e é constituída por oito camarins para os artistas, salas de apoio e balneários, “preparados para receber qualquer tipo de eventos musicais”, destaca Filipe Azevedo.

Outra das novidades é que a partir de agora será possível visitar o ponto mais alto da cúpula do edifício, que proporciona uma vista de 360 graus da cidade do Porto. "Temos uma vista de 360 graus lá em cima, teremos visitas com algum sentido de experiência radical, mas com total segurança", revelou Jorge Silva.

Restaurante e 'food court' aberto todos os dias

O renovado edifício terá ainda um restaurante com vista para o lago e para os jardins do Palácio de Cristal e uma esplanada. Está ainda previsto um 'food court' no piso 0, com 400 metros quadrados (m2), que dará apoio a todas as atividades e estará aberto todos os dias, independentemente dos eventos marcados.

O Pavilhão Rosa Mota foi concessionado durante 20 anos pela Câmara do Porto, após um concurso público. O consórcio vencedor assumiu todo o custo das obras de requalificação, além de pagar uma renda mensal de 4 mil euros durante a vigência do contrato.

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