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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, apresenta na próxima semana na reunião da autarquia uma proposta para dar início à intervenção de fundo do plano geral de drenagem da capital, que está orçado em 153 milhões de euros e tem um prazo de execução de 20 anos. A decisão foi anunciada na reunião da assembleia municipal, realizada ontem, e surge na sequência das inundações verificadas na capital na segunda-feira.

Segundo o Expresso, a decisão revelada por Costa aos deputados municipais é acelerada pelo arrastamento das negociações entre a autarquia e as Águas de Portugal (entidade do Estado, tutelada pelo Governo). Há anos que está em cima da mesa a possibilidade de a EPAL (do grupo Águas de Portugal) assegurar uma parte do financiamento do plano, como forma de pagamento, em "géneros", da aquisição da rede de saneamento em baixa da cidade (a infraestrutura que faz a recolha das águas residuais nos domicílios e as leva até aos locais onde são posteriormente tratadas). 

Perante este cenário, António Costa informou que recentemente a Águas de Portugal pediu mais seis meses antes da eventual concretização da venda da rede de saneamento em baixa. “Face a novo adiamento de uma decisão por parte do Estado, levarei à próxima sessão de Câmara uma proposta para a constituição de uma equipa de missão para dar execução ao plano geral de drenagem e preparar a sua candidatura do seu financiamento, através do fundo de coesão”, disse. 

Sobre as inundações de segunda-feira, o autarca adiantou que as mesmas não se deveram “à falta de limpeza de sarjetas”. “As ocorrências de segunda-feira, como a generalidade das de setembro, não se deveram a avarias na rede ou à falta de limpeza de sarjetas e sumidouros. Deveram-se, sim, à falta de capacidade do sistema em drenar pluviosidades extremas coincidentes com picos ou subidas de maré”, explicou.

Aposta na reabilitação urbana

Lisboa esta na moda, e António Costa fez questão de o realçar na sua intervenção inicial na assembleia municipal. Ao todo, o crescimento da reabilitação urbana captou 640 milhões de euros em quatro anos, disse o autarca, garantindo que até ao final do mandato (2017), salvo nova crise da economia, estará concluída a “integral regeneração” do eixo das avenidas da Liberdade, Fontes Pereira de Melo e da República.

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