A reabilitação e futura exploração de um estabelecimento de praia em Carcavelos, Lisboa – a antiga estalagem Narciso –, está a gerar polémica. De um lado está a família Narciso, que explorou a estalagem até 2000 e diz-se vítima de roubo, do outro a Quicksilver e a Billabong, que já apresentaram projetos a concurso. O vencedor é conhecido esta sexta-feira (dia 31).
Segundo o Observador, a iniciativa do concurso partiu do Centro Recreativo e Cultural Quinta dos Lombos, cuja secção náutica já está instalada no edifício Narciso, que desde setembro do ano passado é o Cascais Surf Center, acolhendo diversas instituições ligadas à modalidade e ao bodyboard.
O que se pretende, agora, é recuperar o que resta do Narciso, conforme explicou Miguel Luz, vice-presidente da autarquia, na apresentação dos projetos, no início de outubro.
Uma solução que não agrada, no entanto, a Luís Narciso Félix, neto de Narciso Luíz Grave Júnior, construtor e primeiro proprietário do edifício, que foi erguido nos anos 1950 e encerrou ao público em agosto de 2000, na sequência de uma inspeção sanitária. Mas os problemas do Narciso terão começado em 1998, quando foi aprovado o Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Cascais, segundo o qual a estalagem se encontrava em domínio público marítimo. Ou seja, a estalagem passava para a propriedade do Estado e a família era obrigada a fazer obras no espaço para não perder a concessão.
A câmara de Cascais confirma que o atual proprietário do edifício é o Estado, “como em todas as restantes concessões no domínio público marítimo”. A família Narciso não concorda e alega que existe uma licença de utilização do estabelecimento por 99 anos que teria sido entregue a Narciso Júnior e que entretanto terá desaparecido.
Os projetos da Quicksilver e da Billabong
O observador escreve que o projeto da Billabong, apresentado conjuntamente com a Despomar, empresa que representa aquela marca em Portugal, contempla menos alterações à estrutura do edifício. Tem um investimento de 2,5 milhões de euros e, além de uma loja de surf Billabong, incluirá ainda vertentes de alojamento, restauração, lazer e um museu do surf.
Já a proposta da Quicksilver representa um investimento maior: 4 milhões de euros. Além de uma loja de bandeira da marca, está prevista a construção de um hotel com 40 camas, de um ginásio Fitness/yoga, de um museu do surf, de um espaço de bar/lounge e de um skate park, que começa no exterior do edifício e prolongar-se para o interior.
2 Comentários:
Foi muito mais do que um roubo, a família foi vítima de uma estratégia de exaustão financeira. Avisei um dos familiares há vários anos atrás do que lhes estavam a fazer. Eles achavam que a justiça lhes daria razão....era bom era...Portugal está dominado por gente podre.
Fico deveras satisfeito por existirem pessoas externas á Familia Narciso que têm conhecimento daquilo que nos fizeram, e QUE COMPROVA a veracidade do que temos divulgado nos meios de comunicação disponiveis.Tenho verificado igualmente, que alguns jornais, começam a entender que uma "história" tem sempre duas versões.E este é um dos casos a que se aplica essa máxima.Os novos corpos dirigentes e seus lacais, que agoram aparecem como sendo os legais representantes dos "novos donos", de algo que alienaram à Familia Narciso, tentam com falinhas mansas e coordenadas a tentar incutir ao público em geral, a falsidade do que expomos e acusamos....
Agradeço em meu nome e da Familia, à Susana Pereira o seu contributo, e como ela, existem muitos mais com conhecimentos sobre esta delicada "matéria".Já para não falar dos protagonistas deste ROUBO, e esses sim, sabem de cor e de trás para a frente a estratégia utilizada para derrubar a Familia, que lutou, cresceu, sofreu e que ainda muita inveja deve criar a estes artistas de circo, tal é a perseguição que ainda nos fazem.
Por ser verdade o que aqui escrevo, não me escondo através de identidades falsas ou desconhecidas, e assino com o meu nome os comentários.
Luis Narciso
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