A descida do preço do petróleo afetou bastante a economia angolana. Uma crise que tem repercussões para as empresas portuguesas, nomeadamente as do setor da construção. O Sindicato da Construção de Portugal disse que já regressaram ao país 3.000 trabalhadores desde janeiro, mas a Teixeira Duarte respondeu e revelou que, no seu caso, a diminuição foi residual.
“O saldo de variação do número de trabalhadores deslocados em Angola diminuiu residualmente, pois embora se tenham encerrado as obras de grande dimensão dos edifícios da ESCOM e da Assembleia Nacional, outras contribuíram para o aumento do número trabalhadores”, adiantou a empresa, citada pelo Dinheiro Vivo.
Segundo a Teixeira Duarte, uma das empresas portuguesas que há muito tempo trabalha em Angola, a situação no país, bem como o regresso de trabalhadores para aí deslocados, devem ser analisados “com outra amplitude de tempo e espaço”.
“A Teixeira Duarte congratula-se por, na sequência da conclusão de algumas obras de elevada dimensão em vários países, poder promover a recolocação de diversos colaboradores noutras frentes de trabalho, como sucedeu há uns tempos com o fecho de algumas empreitadas grandes na Venezuela e como tem sucedido nos últimos meses com Angola, de onde alguns trabalhadores ali antes deslocalizados têm seguido para outros projetos que a Teixeira Duarte tem em curso noutros mercados, nomeadamente para Moçambique e para a Argélia”, explicou.
Para Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), a questão é sempre a “de quanto tempo vai durar a crise em Angola”, já que “as empresas viram sempre Angola como um projeto a longo prazo”. “Algumas conseguiram redimensionar-se e estão a tentar aguentar-se neste período em que o mais complicado é a impossibilidade de receção de materiais para continuar as obras”, referiu.
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