Comentários: 0

O processo já tem alguns anos, mas volta agora a dar que falar e a gerar polémica. No início de 2004, o terreno da central termoelétrica do Pego chegou a ser avaliado por 157 milhões de euros, tendo no mesmo ano a avaliação baixado para 36 milhões de euros. No entanto, a Tejo Energia pagou à REN pelo mesmo “apenas” 23 milhões de euros, isto em 2007.

Segundo o Expresso, com a transmissão do terreno, a Tejo Energia e a REN alteraram o Contrato de Aquisição de Energia (CAE) da central, permitindo à Tejo Energia não ter de a devolver à REN no final do CAE, em 2021. Já este ano, em abril, a Tejo Energia assegurou que a venda foi objeto de escritura pública “de forma completamente aberta e transparente”.

Certo é que o terreno em causa, são cerca de três milhões de metros quadrados (m2), foi avaliado em 2004 em 118 milhões de euros, pela consultora CPU. A REN também já dispunha de uma avaliação – datada de fevereiro de 2004 – para o terreno, feita pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), de 157 milhões de euros. Mas duas semanas depois, o administrador da REN Vítor Baptista enviou a Jorge Borrego, então presidente da Direção-Geral de Energia (DGEG), uma lista de novas avaliações, retificando o valor do terreno. Nessas novas contas figurava uma avaliação de 36,3 milhões de euros da CGD e de quatro milhões de euros da CPU. A média aritmética das duas avaliações resultaria em 20,1 milhões, escreve a publicação. 

Na prática, e resumindo as contas, os terrenos da central termoelétrica do Pego chegaram a ser avaliados, em 2004, por mais de 150 milhões de euros, mas o seu preço de venda – 23 milhões de euros – foi aprovado em 2005 e o negócio concretizado em 2007. 

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta

Publicidade