Um terreno situado junto ao Aeroporto Cristiano Ronaldo, na Madeira, foi o imóvel escolhido pela Matur – empresa detida pela Grão Pará - para dar como garantia de crédito à Caixa Geral de Depósitos (CGD). Mas o negócio falhou e o banco colocou uma ação em tribunal contra a construtora na tentativa de recuperar 18 milhões de euros entre juros e empréstimos. O processo já vai longo e não tem fim à vista, dado que só 5 dos 39 imóveis hipotecados foram avaliados até agora pela justiça - isto é, cerca de 13% do total.
A avaliação dos ativos imobiliários é um passo necessário para concluir o processo. Mas essa “avaliação veio a ter lugar apenas em janeiro de 2020, tendo apenas sido avaliados 5 dos 39 imóveis do processo”, lê-se no relatório de contas de 2020 da Grão Pará publicado na Comissão do Mercado de Valor Mobiliários (CMVM). E até agora não houve qualquer evolução, avançou Abel Pinheiro, presidente do conselho de administração da Grão Pará, citado pelo Jornal de Negócios.
Como fazer avançar o processo? Abel Pinheiro sugere criar uma comissão de avaliação composta por duas pessoas, sendo uma nomeada pelo Estado e outra pela Grão Pará que, por sua vez, escolheriam um terceiro elemento. Esta comissão seria responsável pelos trabalhos de avaliação em vez do perito.
Já passou uma década desde que o banco estatal avançou para a Justiça para recuperar quase 10 milhões de euros junto da Matur num crédito que tem como garantia associada apartamentos, moradias e um lote de terreno na Madeira. Um valor que aumenta para cerca de 18 milhões de euros se forem somados os juros, segundo escreve o Jornal de Negócios.
Só o terreno situado junto ao aeroporto da Madeira, dado como garantia do crédito, possui 17 hectares. E o objetivo da CGD passa por executá-lo para depois vender.
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