Esta é uma solução temporária encontrada em Arroios para ajudar 20 entidades culturais a manter a sua atividade.
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Novo centro cultural em Arroios
Antigo quartel da GNR de Arroios Google Maps

A Câmara Municipal de Lisboa decidiu converter o antigo quartel da GNR situado na freguesia de Arroios, que se encontra desocupado desde 2015, num novo polo cultural e comunitário que terá capacidade para acolher 20 entidades. Esta foi a solução temporária encontrada pela autarquia para apoiar a atividade destas entidades ligadas à cultura, que têm tido dificuldades em manter contratos de arrendamento.

O mercado de arrendamento não tem dado tréguas, nem mesmo às instituições dedicadas à cultura, que têm vindo a ser confrontadas com aumentos do preço das rendas e até mesmo com a cessação de contratos. Esta é uma realidade vivida por várias instituições sedeadas no eixo da Avenida Almirante Reis – como a cooperativa cultural Sou Largo, a Zona Franca dos Anjos e a cooperativa Trabalhar - que têm por isso sentido dificuldades em garantir a manutenção da sua atividade.

Foi tendo em conta esta realidade que vai ser criado um novo polo de animação cultural e comunitária, com capacidade para albergar estas e outras entidades e projetos. Este novo espaço vai ocupar uma área de 22 mil metros quadrados do antigo quartel da GNR de Arroios e a entrada será feita pelo Largo do Cabeço da Bola, escreve o Público. Note-se que, em simultâneo, este espaço mantem o serviço de apoio a pessoas em situação de sem-abrigo.

A utilização deste espaço é, de resto, uma solução temporária encontrada que ajudará as entidades a continuar a operar no curto prazo. E até quando vai dar este apoio? Até, por um lado, se encontrar outra alternativa de arrendamento duradoura para estas instituições e, por outro, até arrancar a construção do projeto imobiliário previsto para este espaço.

Recorde-se que para aqui está prevista construção de habitação com rendas acessíveis, comércio e um centro de idosos. Revelado em 2019, este projeto envolve o desenvolvimento de 240 casas que deverão integrar o Programa de Arrendamento Acessível, sendo que a obra financiada pelo Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE), que é gerido pela Fundiestamo, a imobiliária do Estado.

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