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Novos projetos de escritórios chegam em breve ao mercado para responder à falta de oferta
Torre do Colombo, em Lisboa, é um dos espaços concorridos da capital Youtube

Para responder à evidente falta de espaços de qualidade média e grande dimensão que se assiste no mercado português de escritórios, há vários projetos a ser concebidos que vão chegar em breve ao mercado. A promoção de escritórios tem sido dificultada por um baixo nível de rendas, limitações no financiamento à construção e concorrência do produto residencial, mas este contexto começa a mudar, aponta a Cushman & Wakefield.

Portugal, segundo a consultora imobiliária, apresenta aliás uma evolução em contraciclo com a tendência mundial, sendo que no mercado nacional a retoma do mercado de escritórios continua ainda a não ter a repercussão expetável na atividade de promoção, que se mantém nos níveis mais baixos de sempre. 

No mercado global,  "nos próximos três anos, vamos assistir a um boom nunca visto de construção de novos escritórios, com mais de 65 milhões de metros quadrados previstos", antecipa o estudo 'Global Office Forecast', publicado pela Cushman & Wakefield. Esta área é o equivalente ao total de espaços de escritórios existente em cinco cidades – Washington, Dallas, Londres, Singapura e Xangai.

Boom internacional do mercado de escritórios provocado por construção em excesso 

O estudo, que analisa detalhadamente fatores económicos, dados de procura e oferta, e comportamento de rendas em mais de 100 cidades em todo o mundo, antecipa um cenário de alta taxa de desocupação, afirmando que "poderemos afirmar que estamos a construir em excesso".

Este boom na promoção de novos edifícios de escritórios é liderado pela região Ásia-Pacifico, que totalizará 60% da nova construção, especialmente nas cidades de Pequim, Shenzen, Xangai, Manila e Bangalore. Estas cinco localizações totalizam 55% de toda a nova construção da Ásia, o que corresponde a um terço de toda a construção prevista a nível global.

Também no continente americano se está a registar um forte crescimento na construção de escritórios, concentrada essencialmente nas grandes cidades.

Relativamente à Europa, apesar de haver vários projetos em construção, a área esperada é bastante menor que nas outras regiões. As cidades que terão mais novos edifícios nos próximos dois anos são Paris, Viena, Londres e Bruxelas.

 

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