
O teletrabalho é um dos temas do momento. E tudo por causa da pandemia, que pôs milhares de pessoas a trabalhar em casa. Em Portugal, e de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), no segundo trimestre de 2020, o número de teletrabalhadores cresceu 23,1% para mais de um milhão de pessoas.
E apesar do regresso gradual aos espaços físicos de trabalho, ainda há quem continue a trabalhar remotamente. E a verdade é que, apesar das vantagens que apresenta, também existem desvantagens. Por exemplo, como distribuir espaços, se houver mais pessoas em casa, principalmente crianças; ou tornar eficaz a tão necessária desconexão do trabalho.
Os projetos para resolver esses problemas podem ser muito variados. E no campo do design e da arquitetura, há muitas ideias lançadas. Um deles foi criado pelas mãos do estúdio londrino Boano Prišmontas, e chama-se My room in the garden - obviamente para aquelas pessoas que, como podemos imaginar pelo nome, têm um jardim ou algum outro espaço aproveitável como pátios, telhados, espaços de serviços partilhados ou pequenos parques. Algo que é bastante comum em muitas zonas de Londres, principal mercado a que se dirige, sem que isso signifique que não possa ser utilizado em nenhuma outra cidade.
A proposta é instalar um escritório pré-fabricado a um preço acessível e de fácil adaptação. Tanto é que a sua instalação pode ser feita num só dia. Na prática, é uma resposta à forma de trabalhar do futuro, oferecendo um espaço privado acolhedor e adaptável às diferentes necessidades.
“As casas em Londres são perfeitas para hospedar escritórios domésticos em quintais, pátios, condomínios fechados, telhados, espaços partilhados e pequenos parques. A partir de 5.000 libras para o módulo básico (cerca de 5.400 euros), My Room in the Garden é uma solução para proprietários privados e empresas que poderiam reduzir o custo de arrendar grandes escritórios no centro de Londres, comprando módulos de home office para os seus funcionários ”, afirma o estúdio, no seu site.
O projeto procura encontrar um equilíbrio entre o design barato e aconchegante. A estrutura é composta por módulos de contraplacado fabricados digitalmente, podendo ser personalizados de acordo com cada espaço e necessidade do utilizador. A partir de um mínimo de 1,8x2,4 metros, os módulos de home office podem crescer infinitamente, simplesmente adicionando mais módulos. Todos os módulos têm uma altura fixa de 2,5 metros, que é a altura máxima.
Por último, mas não menos importante, a sustentabilidade também aparece neste projeto interessante. Cada componente do módulo é geometricamente eficiente e minimiza qualquer desperdício de material.








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