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bloco de esquerda quer mais investimento na requalificação urbana

atualmente existem 300 mil casas por vender no país, 100 mil são novas e as outras usadas. o período médio de venda passou de dois para mais de oito meses e os preços registam algumas descidas. as contas são do jornal expresso que apresenta a solução dos especialistas: perante este novo paradigma, a aposta deve mudar da construção para a reabilitação, não apenas de edifícios mas das próprias cidades

a reabilitação é, porém, um sector onde ainda existem vários obstáculos e faltam incentivos. de acordo com o semanário, há que criar uma nova lei dos arrendamento urbano que resolva o problema dos despejos, ainda muito demorados e dispendiosos
 
esta é uma medida fundamental para lançar este mercado de forma confiante e segura e atrair investidores 
 
dados publicados pelo jornal revelam ainda que em portugal há cerca de um milhão de casas devolutas e que se cada uma delas for avaliada a um preço médio de 100 mil euros, o resultado são 100 mil milhões de euros empatados em casas vazias
 
num debate realizado no programa expresso da meia-noite, da sic notícias, que reuniu vários especialistas do sector na semana passada, concluiu-se ser fundamental mudar o regime de arrendamento
 
“é preciso pensar num regime de arrendamento urbano onde prevaleça a lógica do despejo efectivo, imediato e sem recurso aos tribunais. enquanto isso não mudar ninguém investirá no arrendamento e na reabilitação urbana”, referiu marco antónio costa, vice-presidente da câmara municipal de gaia
 
o autarca sugere ainda que se crie um ranking público dos senhorios e arrendatários que não cumprem. “quem são os inquilinos que arrendam, não pagam e fazem disso modo de vida, e quem são os senhorios que não fazem as obras mínimas de conservação”, continua.
 
já antónio mendes baptista, presidente do instituto de habitação e reabilitação urbana considera ser preciso tempo para avaliar o sistema de reabilitação pois é preciso contemplar não só edifícios mas toda a cidade
 
o responsável diz que a degradação dos edifícios não reside essencialmente em prédios arrendados. de acordo com o censos 2001, dos 326 mil fogos que precisavam de grandes obras, 100 mil estavam vazios, 100 mil eram residência própria e habitual e apenas 78 mil era residência habitual arrendada, publica o expresso
 
mendes baptista concorda que é preciso resolver o problema dos despejos e adianta que há que criar mecanismos seguros de renda, resolver as dificuldades de licenciamento e pensar numa estratégia para solucionar a questão do financiamento
 
 
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1 Comentários:

29 Setembro 2010, 9:28

isto é impressionante!!!

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