o programa de privatizações que o governo pretende implementar, e que abrange empresas como a ren, edp e tap, esteve por estes dias a ser discutido entre a comitiva portuguesa, liderada pelo primeiro-ministro josé sócrates, e o chefe do governo do emirado do qatar, o xeque amad bin jasim bin jabir al thani. portugal está a realizar uma missão governamental e empresarial ao médio oriente que tem a duração de três dias e visa captar investimento e parcerias
rui cartaxo, presidente da ren, admitiu, em declarações ao diário económico, a existência de conversações "sobre a segunda fase de privatização" da empresa. "quem tem interesse no sector da energia, em particular do gás natural, é natural que se interesse por empresas de energia. por termos um dos maiores terminais de gás natural da europa, evidentemente que seria uma parceria interessante. o que não tem de ser necessariamente com a entrada directa no capital", adiantou o responsável, lembrando que as "autoridades do qatar têm um interesse crescente em exportar gás natural para a europa, daí o interesse no terminal de sines"
já josé sócrates admitiu, à saída do encontro com o seu homólogo do qatar, que o governo está "a discutir sobre relações comerciais". "temos um programa de privatizações e eles [os fundos soberanos do qatar] olham para oportunidades de investimento", frisou
mais longe foi jorge amado, ministro dos negócios estrangeiros de portugal, que acompanhou o primeiro-ministro na visita ao qatar. de acordo com o jornal público, que cita declarações do governante à sic, portugal está a tentar vender dívida soberana a investidores do país. "acredito que os ministros das finanças tenham falado sobre isso", referiu luís amado, contrariando josé sócrates, que momentos antes tinha dito que essa possibilidade não tinha sido discutida
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