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menos de três mil rendas actualizadas em cinco anos

a crise está a afectar de sobremaneira o sector da construção civil e do imobiliário. segundo luís lima, presidente da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip), 2011 "poderá ser o pior ano do sector desde 2000", disse o responsável, em declarações ao semanário sol. e os números são pouco animadores, já que em 2008 havia mais de seis mil mediadores imobiliários e actualmente não passam de três mil

de acordo com dados da apemip, em abril realizaram-se 14,7 mil transacções imobiliárias, menos 19,7% que em março e o valor mais baixo desde 1992. para joaquim montezuma, director-geral da imoeconometrics, empresa de consultoria especializada no mercado imobiliário, o número de transacções de imóveis residenciais deverá cair 31% este ano face a 2010 e para metade das realizadas em 2007, revelou ao sol

ainda assim, a venda de penhoras da banca e a procura dos investidores pelos actuais preços baixos das casas estão a ser um "balão de oxigénio" para as agências imobiliárias. de acordo com o sol, os milhares de imóveis que a banca está a receber devido ao crescente incumprimento dos seus clientes estão a ser canalizados para as agências através de parcerias que permitem aos interessados obter vantagens, como o financiamento a 100% ou um "spread" até metade do valor cobrado numa transacção normal

segundo o semanário, a era portugal, que tem em carteira cerca de quatro mil imóveis oriundos da banca, duplicou as vendas deste segmento este ano enquanto na fita métrica o peso das transacções de penhoras representa 20% das vendas totais, quando era 5% há um ano. já a remax, que só arrancou este ano com esta área da venda de imóveis em maior escala, tem em carteira cerca de 3,5 mil casas para venda oriundas do sector financeiro

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