
após vários anos a viverem nas ruas de lisboa, 65 sem-abrigo conseguiram um tecto através do projecto casas primeiro, um modelo de "sucesso" que arrancou há dois anos e meio e está a suscitar interesse de outras cidades
são mais homens do que mulheres, mas também há quatro casais. em média, viviam na rua há dez anos e a maioria sofre de doença mental, disse à agência lusa josé ornelas, coordenador do programa, que foi criado no âmbito da estratégia nacional para a integração de pessoas sem-abrigo, lançada no terreno há três anos
"eram as situações mais difíceis de retirar da rua e nós demonstrámos que era possível", disse o coordenador, explicando que estas pessoas não rejeitavam uma casa, mas o facto de viverem em grandes grupos ou em camaratas e terem de sujeitar-se às "exigências dos serviços transitórios"
quando lhes foi proposto irem viver para uma casa num bairro de lisboa, aderiram muito positivamente e com resultados extraordinários: "dez tornaram-se independentes e puderam ser substituídos por outros, mas este é um programa sem limite de tempo", cita o jornal de notícias
por outro lado, melhoraram consideravelmente a sua saúde, deixaram de utilizar os hospitais psiquiátricos, as urgências dos hospitais gerais e começaram a organizar a vida no sentido de arranjarem um trabalho ou voltar a estudar
segundo o mesmo jornal, o sucesso do projecto despertou o interesse de outras cidades, nomeadamente aveiro, porto e cascais. "neste momento, estamos a negociar para que seja generalizado a outras cidades, mas também para que mais pessoas beneficiem dele"
o programa financia a renda da casa e as despesas com os consumos de água e electricidade e os participantes contribuem com 30% do seu rendimento mensal
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