
Artigo escrito por Gorka Ramos, colaborador do idealista News desde Santiago do Chile.
Em 2011, a população mundial chegou aos 7.000 milhões, com um ritmo de crescimento de mil milhões em dez anos. O panorama para as próximas décadas não parece ser muito diferente e pode ser inclusivamente pior. Por isso, já há quem esteja a pensar em arranjar soluções para problemas futuros…
Mesmo num mundo com 10.000 milhões pessoas a habitação continuará a ser um direito. Mas será que as casas terão janelas? Será esse também um direito? O que nos espera são “edifícios colmeia”/casas minúsculas, sendo que a vista para o exterior só será possível para alguns.

Apesar de não se tratar de um cenário muito animador, o designer brasileiro radicado em Nova Iorque Bernardo Schorr tem uma proposta estudada para o caso do momento chegar: apartamentos de apenas 10 metros quadrados (m2) em que o espaço e o mobiliário se adaptam às necessidades da pessoa.
Mas como é que alguém consegue viver numa casa com apenas 10 m2, sem janelas e manter a sanidade? A tecnologia pode ajudar. Graças ao mobiliário modular e a paredes com retroprojetores, um mesmo espaço pode ser um quarto, um escritório, uma biblioteca ou um salão.

“É uma solução utópica para um cenário anti-utópico”, explica Bernardo Schorr, no seu site. O seu projeto – “Mixed Reality Living Spaces” (“Casas de Realidades Mistas”) – levanta a possibilidade de projetar imagens nas paredes que simulam uma realidade alternativa.
Com recurso a técnicas de realidade aumentada, “cada pessoa viverá num espaço que apresenta diferentes formas durante o dia”. Assim, a casa passará de quarto a escritório e de cozinha a modo cinema. Se a teoria funcional, talvez viver numa casa com 10 m2 não seja uma loucura.
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