
O arquiteto Siza Vieira anunciou que vai doar parte do seu acervo a duas instituições portuguesas, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação de Serralves, e a outra estrangeira, ao Centro Canadiano de Arquitetura (CCA). Uma decisão elogiada pelo Governo. “É uma solução que serve os interesses nacionais e garante, ao mesmo tempo, a promoção internacional da obra do mais importante arquiteto português da sua geração”, lê-se numa nota do gabinete do secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier.
Num comunicado enviado à Lusa, Siza Vieira disse que deseja que o seu “trabalho de tantos anos seja de algum modo útil, como contribuição para o estudo e debate sobre a arquitetura, particularmente em Portugal, numa perspetiva oposta ao isolamento (como já hoje sucede e é imprescindível)”.
O arquiteto, já condecorado com o prémio Pritzker, anunciou que a opção passou por doar parte do seu acervo “a duas instituições portuguesas, já com experiência, qualidade e capacidade para desenvolver ou alargar os respetivos arquivos”. Isto “numa perspetiva de abertura à consulta, divulgação e participação num debate que já não é simplesmente nacional, nem centrado no individual”, justificou.
Quanto ao CCA, Siza Vieira considera tratar-se de uma “instituição de experiência e prestígio ímpares e com intensa e contínua atividade”. “É reconhecido pela sua experiência na preservação e apresentação de arquivos internacionais”, frisou.
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