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Nuno Teotónio Pereira morreu ontem (dia 20). Funeral realiza-se amanhã (Foto: Público)

O arquiteto Nuno Teotónio Pereira morreu ontem (dia 20) em Lisboa a poucos dias de completar 94 anos (seria a 30 de janeiro). Faleceu em casa rodeado pela família. O funeral realiza-se amanhã (dia 22), às 13h30, da Igreja do Sagrado Coração de Jesus para o Cemitério do Lumiar. Em baixo mostramos algumas das suas obras mais conceituadas.

Segundo a Lusa, que cita a Ordem dos Arquitetos (OA), Nuno Teotónio Pereira foi uma das figuras mais destacadas da arquitetura, urbanismo e da habitação em Portugal. Nascido em Lisboa, em 1922, formou-se em arquitetura pela Escola de Belas Artes de Lisboa, tendo sido autor e coautor de dezenas de projetos e também um histórico defensor de direitos cívicos e políticos durante o regime salazarista.

Foi distinguido, em abril de 2015, com o Prémio Universidade de Lisboa 2015, pelo exercício “brilhante” na área da arquitetura e como “figura ética”. Foi ainda galardoado com o 2º Prémio Nacional de Arquitetura da Fundação Calouste Gulbenkian (1961), pelo Edifício das Águas Livres, e com três Prémios Valmor: a Torre de Habitação nos Olivais Norte (1967), o Edifício Franjinhas (1971) e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus (1975), onde será o seu funeral.

Nuno Teotónio Pereira era membro honorário da OA desde 1994 e Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (2003) e pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (2005).

Segundo o Público, Nuno Teotónio Pereira era, possivelmente, o último dos arquitetos modernos. Já a Visão considera-o o revolucionário discreto.

Em declarações ao Diário de Notícias, João Santa Rita, presidente da OA, referiu que Nuno Teotónio Pereira deixa muita obra feita e “ensinamentos muito grandes do ponto de vista de participação na sociedade, como homem ativo e como político”.

Já Ana Tostões, arquiteta e professora universitária, considera que o arquiteto foi “um renovador e revolucionário que teve em conta o contexto, os que vão usar a arquitetura, os utentes como se dizia nos anos 70”. “[Tem uma] importância imensa na arquitetura portuguesa, não só porque deixa uma vasta obra”, como pela influência nas novas gerações, frisou, salientando que foi o primeiro a traduzir Le Corbusier e a publicá-lo em Portugal.

Estas foram algumas das suas obras mais emblemáticas, segundo a Rádio Renascença:

Edifício Franjinhas: Prémio Valmor 1971

Foto: Rádio Renascença.

Foto: Rádio Renascença.

Foto: wikipedia.

Bairro do Restelo (Quarteirão Rosa): Menções Honrosas do Prémio Valmor, 1987 e 1988

Foto: Rádio Renascença.

Foto: Rádio Renascença.

Edifício Águas Livres: 2º Prémio Nacional de Arquitetura da Fundação Calouste Gulbenkian em 1961

Foto: Rádio Renascença.

Habitação social para Olivais-Norte: Prémio Valmor 1968

Foto: Rádio Renascença.

Igreja de Santiago

Foto: Rádio Renascença.

Igreja do Sagrado Coração de Jesus: Prémio Valmor 1975

Foto: Rádio Renascença.

Foto: Rádio Renascença.

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