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Para arrendar casa em Lisboa é preciso gastar 90% do salário
GTRES

Arrendar uma casa em Lisboa chega a custar 90% do salário enquanto no Porto é necessário “usar” metade do vencimento mensal. Trata-se de um valor muito acima da taxa máxima de esforço de 30% recomendada. E em muitos casos o valor das rendas ultrapassa o rendimento líquido que os jovens levam para casa.

Segundo o Dinheiro Vivo, que se apoia em dados da Confidencial Imobiliário (Ci), o preço médio de um T2 em Lisboa ronda os 760 euros, valor praticamente proibitivo para o salário médio que, em Portugal, é de 829 euros. Nestes casos, a taxa de esforço é superior a 90%. Já no Porto, o preço médio pedido pelos proprietários para um apartamento da mesma tipologia é de 440 euros, o que significa uma taxa de esforço na ordem dos 50%.

“É uma realidade inegável que as rendas habitacionais em Lisboa têm valorizado e que, de facto, em média, são pouco acessíveis para o nível de rendimentos, especialmente se falarmos de jovens que pretendam viver sozinhos”, disse Patrícia Barão, diretora do departamento residencial da consultora imobiliária JLL.

Uma opinião, de resto, partilhada por Romão Lavadinho, presidente da Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL). “São rendas proibitivas para um casal com um rendimento médio. Os proprietários ainda não perceberam que é preferível baixar o valor das rendas [e que] a procura por rendas de valores entre 250 a 300 euros é enorme”, referiu, salientando que “o valor das rendas raramente fica abaixo de 500 euros”. 

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